O que é pior: não saber nada sobre um país, como é o caso do que sabemos sobre a China aqui no Brasil, ou ter uma imagem distorcida dele? O Vietnam parece estar no segundo caso: o que o brasileiro médio sabe ao seu respeito é povoado por imagens da Guerra “do Vietnam”, vietcongues, ameaça comunista, moças muito magras com roupas esvoaçantes e lanternas. Antes de pensarmos em ir para o Vietnam, minha principal referência sobre ele eram os vários filmes – americanos – que retratam a Guerra.
Quando já estávamos em solo vietnamita, e para confirmar essa percepção de que temos uma visão ruim sobre o país, uma amiga me pergunta: “o que tem para fazer no Vietnam?”
Sim, porque se você viu “Bom dia, Vietnam”, “Platoon” ou “Nascido em 4 de Julho”, a sua imagem do Vietnam é apenas uma: um país destroçado pela guerra.
Pode até ser que seja o caso, mas eu vou lhe dizer uma coisa: o Vietnam é um exemplo para o mundo. Em sua curta e recente história sem guerras, ele se ergueu como uma nação vibrante, alegre e cheia de atrativos.
Entramos no país aos poucos, de ônibus, e com isso fomos vendo, gradativamente, a China sendo deixada para trás, para dar lugar à cultura vietnamita. E ela é surpreendente.
O Vietnam foi ocupado pelos Chineses, pelos Franceses pelos Japoneses e pelos Americanos (deve ser uma bela mina de ouro, não?)
Se você está pensando em ir para o Vietnam, talvez seja bacana dar uma olhada na história do país antes de sair de casa. Aquela região do mundo costuma passar batida nas nossas aulas de história – que privilegiam a história da civilização ocidental. Somente começam a mencionar o Vietnam nos anos 70, e mais devido ao impacto que a Guerra da Opressão Americana (como é conhecida a Guerra do Vietnam por lá) teve sobre os Estados Unidos, do que pelo impacto sobre a própria sociedade vietnamita.
A região mais ao norte do Vietnam foi invadida e dominada pelos chineses por cerca de 1000 anos – traços da cultura chinesa ainda aparecem nos templos daquela região. A expulsão dos chineses é até hoje motivo de orgulho dos vietnamitas, tanto é que o lago da região central de Hanói – Hoan Kiem – é nomeado em homenagem uma das lendas desta guerra. A dominação ainda é motivo de animosidade entre os dois países, que disputam um território no Mar da China.
Se você se incomoda com chineses na Torre Eiffel, Museu Britânico ou Disney, o Vietnam é uma boa alternativa: poucos chineses cruzam a fronteira para visitar o país. E, quando cruzam, percebe-se ao longe sua nacionalidade. 😛
(Dito isso: cada povo tem sua cultura, e eu aprendi a respeitar e admirar demais os chineses nos 45 dias que passei no país).
Depois que os chineses foram expulsos, em 939, o Vietnam ficou quase 1000 anos em paz e conseguiu formar uma monarquia própria. Até que, em 1859, chegaram os franceses achando que tinham direitos àquelas terras. Quando você ouve falar de Indochina, é o território do Vietnam, parte da Tailândia e Camboja ocupado pelos franceses.
A dominação durou 92 anos – período no qual a potência europeia sugou tudo o que podia por ali. Durante a Segunda Guerra mundial, foi invadido pelo Japão, que depois ganhou permissão dos franceses para manter tropas no local. Isso aumentou ainda mais a exploração dos recursos, levando a uma fome generalizada em 1945 – matando mais de 2 milhões de pessoas.
Durante este período, os espertinhos franceses mantiveram a coroa vietnamita no lugar, gerando o que depois veio a ser chamado de “imperador-marionete” – pois, de fato, era apenas uma figura alegórica. Quem governava eram os franceses.
Quando por fim os franceses foram expulsos, junto com os japoneses, os Estados Unidos entrou em cena para “defender o mundo da ameaça comunista”. O país, que já estava em guerra com os franceses de 1946 a 1954, entrou em guerra com os Estados Unidos a partir daí. A guerra de Opressão Americana durou nada mais, nada menos, do que 21 anos.
Museu Imperial da Guerra, em Hanói.
VINTE E UM ANOS, após OITO anos de guerra contra a França – VINTE E NOVE anos ininterruptos de guerra em um país. Realmente, o Vietnam deveria ser uma grande ameaça naqueles dias, não?
Daí você se pergunta, o que os Estados Unidos estavam fazendo lá do outro lado do mundo, impedindo que um país se unisse? Um relato muito elucidativo a respeito, escrito como uma catarse de um veterano da Guerra, pode ser lido aqui.
A maior caverna no mundo fica no Vietnam
E tem noção que a gente não visitou? 🙁
Pois é, Hang Son Doong foi descoberta recentemente, e no momento apenas grupos guiados tem entrada permitida – o que faz com que o custo seja bastante alto, algo em torno de 3000 dólares por pessoa para 5 dias. Soma-se a isso o fato de que estávamos com criança e foi-se o sonho de ver uma caverna que comportaria o Empire State.
Dá uma olhada neste post aqui sobre um fotógrafo que acampou por lá.
Mas nem tudo são lágrimas: a Baía de Halong e Tam Coc são dois Patrimônios da Humanidade e não custam o rim, o baço e o cerebelo para conhecer. Ainda há a região de Sapa, Hué e não nos esqueçamos da lindíssima Hoi An.
Tá vendo? Nem tudo é guerra no Vietnam.
A comida vietnamita é saudável e pouco picante
Sendo um povo que, há menos de 80 anos passou por uma fome, o vietnamita come de tudo. Boi, búfalo, galinha, pato, cobra, rato, cachorro. Mexeu, comeu.
Mas não precisa se espantar muito. A comida mais fácil de encontrar por aquelas bandas é normalmente bem reconfortante, cheia de vegetais e ervas, e pouco picante.
O prato mais facilmente encontrado é o Pho, uma sopa com carnes, macarrão de arroz e vegetais, que chega fumegante à mesa.
O prato que eu mais gostei foi o Bun Chá, que é uma carne de porco ou boi feita na grelha, servida com vermicelli de arroz e ervas. Pega-se um pouco de tudo, rega-se num molho doce, salgado e levemente picante (o nuoc cham) e voilá!
Outra opção que se encontra aos montes é o Bahn Mí – e, neste caso, obrigada franceses, por deixarem as baguetes mais crocantes que já comemos na vida. Sério: nos lugares mais toscos, as barraquinhas mais pequenas, a baguete era sempre fresquinha, casca crocante, massa densa. Incomparável com o “pão francês” que temos por aqui: o pão do Banh Mí vietnamita é de comer puro.
Na região central, onde fica Hué, há uma comida ainda mais suave ao paladar, com uma série de pratos da tradição imperial (afinal, a corte era ali). Um deles é o Banh Beo Chen – que, a meu ver, representa em comida tudo o que o povo vietnamita é. Delicado, atento aos detalhes, suave, cheio de camadas. (um pouco sem gosto, a meu ver).
Ah, e em Hué também amamos o Banh Khoai, tipo um pastel com recheio de camarão, pancetta e vegetais.
Há símbolos do comunismo por toda parte – e as pessoas parecem felizes
Sim, o Vietnam é comunista. Sim, e é um país pobre. Sim, eles comem cachorro – mas não comem criancinha. Ir com os próprios pés para um país comunista é um aprendizado e abrir de olhos inigualáveis.
Se ao menos todos que usam a expressão “querem transformar o Brasil numa Cuba” tivessem realmente ido a Cuba, seríamos um povo bem mais empático. Eu, como nunca fui, não digo. Mas posso dizer, sem pestanejar, que se transformarmos o Brasil num Vietnam, teremos duas grandes vitórias, ao menos.
Vitória nº 1: o povo será feliz, afetuoso e cordial. Andará na rua com um sorriso no rosto e será bem menos ansioso do que o brasileiro médio hoje em dia. Ver-se-á menos TV nas casas, e mais famílias conversando na varanda. O trânsito será um mistério de emaranhados, não haverá sinalização clara (ou ela não será desrespeitada), o próprio caos: mesmo assim, não haverá atropelamentos, nem brigas de trânsito, nem choques entre carros e motocicletas. Haverá bem menos competição entre as pessoas.
Vitória nº 2: haverá segurança no país, e uma sensação de que quem descumpre as leis será punido. É claro que vivemos numa bolha de viajantes – mas pude confirmar esta sensação conversando com as pessoas que encontrava por lá. Não há medo de andar na rua.
E se você pensa que o Sul capitalista não gostou de ser unificado ao norte comunista, eu lhe deixo esta imagem imaculada da cidade de Ben Tre, no Delta do rio Mekong.
O vietnamita é cordial e reservado
Fala mansa, gestos discretos, sorriso plácido: esta é a tônica por trás dos vietnamitas. Se você começar a falar alto na rua, cabeças virarão na sua direção – e eu sei bem o que é isso! Eles são calmos e acostumados a resolver suas pendengas conversando.
Compramos um tour para a Baía de Halong numa agência em Hanói e, um dia antes da saída, quando fui confirmar se estava tudo certo, a empresa responsável pelo cruzeiro diz para a agência que teve um overbooking. Eu fiquei desesperada, mas a moça da agência simples e calmamente passou a mão no telefone, conversou por vários minutos com a empresa e resolveu o assunto. Eu estava a meio metro dela, e não conseguia sequer ouvir o que ela falava, de tão baixo.
Agora, existe um outro lado da moeda: os que ficaram mais espertinhos com os turistas lhe passarão a perna com um belo sorriso no rosto, e você nem notará (e ainda sairá achando que estava abafando)
Todo mundo fala inglês no Vietnam
Nessa o Brasil perde de lavada. De 7 a 0 – sem fazer nenhum gol, meus queridos leitores e estimadas leitoras. TODO mundo (que trabalha na cadeia de turismo, façamos uma ressalva) fala inglês por aquelas bandas.
Exemplos:
A dona da barraca de praia, em Hoi An (quantas falam em Ubatuba mesmo?).
A garçonete da barraca de praia cuja dona falava inglês, em Hoi An (arrã, ela também).
A vendedora ambulante de protetor solar que passou à frente da barraca de praia cuja dona e garçonete falavam em inglês, em Hoi An (sim, chutou o pau da barraca).
O Brasil tem 5% da população falando inglês. Infelizmente, não existem estatística oficiais para o Vietnam, mas se tomarmos como base a vizinha Tailândia – que tinha a mesma proporção aparente de pessoas falando inglês – o Vietnam pode ter até 27% de falantes.
É fato: o Vietnam substituiu o ensino de russo pelo de inglês nas escolas e eles estão preparando o país – através da EDUCAÇÃO – para ser uma grande potência mundial. E isso se reflete no dia a dia do viajante.
Nada mal para um país comunista, não?
O segredo para amar o Vietnam é sair das grandes cidades (mas Hanói tem seu charme)
Talvez este seja o segredo para amar qualquer país: é bem difícil que o viajante médio se apaixone pelo Brasil indo apenas ao Rio e São Paulo.
O que torna um país especial e distinto de todos os demais são as suas cidades menos urbanas, menos conectadas com o mundo, mais rurais e provincianas. Talvez não sejam as cidades ideais para se viver como expatriado, pois haverá um choque cultural maior – contudo, são as que tem mais caráter.
No Brasil, para citar algumas: Ouro Preto, Paraty, São Miguel dos Milagres, Laguna, Bonito, Bento Gonçalves, Foz do Iguaçu. Pense: nenhuma delas é uma grande cidade – mas um recorrido por este grupo não faria uma pessoa se apaixonar pelo nosso Brasil?
O Vietnam (e a China, e qualquer outro país) é igual. Foi quando deixamos Hanói para trás que caímos de amores por aquela terra. Halong, Tam Coc, Hué, Ben Tre, Can Tho, Chau Doc. E sobretudo, acima de tudo, além de tudo: HOI AN.
Se você vai ao Vietnam, vá a Hoi An (nós quase deixamos escapar porque era a época das chuvas. Acabamos indo por uma “pequena” pressão do nosso amigo alemão, que tinha ficado 12 dias por lá no ano anterior, e ficamos gratos por ter cedido. Mas isso é outra história.).
O Vietnam é o segundo maior exportador de café, atrás apenas do Brasil
Saindo da China, onde um copo de café aguado estilo Starbucks pode muito bem custar algo entre 8 a 10 reais, ficamos extasiados com a presença de café por todos os lados. A princípio, pensamos que poderia ter algo a ver com o turismo – e tem – mas também tem a ver com a dominação francesa. A própria palavra em vietnamita não lhe deixa dúvidas: Cà Phê só poderia ser uma coisa, não?
Olhando mais a fundo, percebe-se uma cultura muito voltada ao café – com pequenas e grandes lojas pipocando por todos os lados. Há café de doninha-anã (o tal weasel, do qual trouxemos um pequeno pacote de volta ao Brasil), café com ovo (delicioso), café gelado com creme de leite e leite condensado por todas as partes!
Para um viajante brasileiro, é muito reconfortante a bebida negra, quente ou fria, por todos os lados. Se você é daquele que precisa de uma injeção diária – se não horária – de cafeína, este é o seu lugar.
Os turistas ocidentais já descobriram o país há anos (e há serviços para todos os gostos)
Se você sai do Brasil achando que o Vietnam é um destino super exótico, pouco conhecido e que vai desbravar uma região isolada do mundo, talvez seja melhor ir para Vanuatu.
O Vietnam recebeu, em 2015, quase 8 milhões de turistas estrangeiros – o que dá cerca de 8,6% da população. Sabe quantos turistas estrangeiros o Brasil recebeu no mesmo ano? 5,6 milhões (2,72% da população).
Por esta ótica, o Brasil é uma região isolada do mundo, não?
A guerra mais recente atrai turistas americanos que, mais jovens, lutaram por lá (o que também dá lugar a turismo sexual, com os tiozinhos ocidentais de 60 anos ou mais passeando de mãos dadas com jovens vietnamitas).
Mochileiros do mundo inteiro, famílias com crianças de todas as idades, senhoras viajando em grupos: a quantidade de turistas ocidentais é imensa.
Para atender a eles, todo o tipo de serviço existe – hotéis de todos os níveis, bares e restaurantes para qualquer gosto (inclusive daqueles que viajam para o outro lado do mundo e esperam comer “comida caseira”. Da sua própria casa). Massagistas, manicures, salões de beleza, agências de turismo, ônibus turísticos, você escolhe (ah, e todo mundo fala inglês). É um país preparado para o turismo, se pensar, muito mais do que o Brasil.
Não faz sentido, então, ter medo de ir ao Vietnam.
Não há guerras. Não há violência. O país é harmonioso, agradável, acolhedor e preparado para receber os turistas.
Sim, há bombas terrestres não explodidas ainda não encontradas, mas elas não estão nas trilhas normalmente usadas pelos milhares de turistas que passaram por ali antes de você. Um dos lugares turísticos com maior “fama” de minas abandonadas é My Son – este caso, a recomendação é não se desviar da passarela do parque.
Você nunca saberá o preço real das coisas (a não ser que esteja escrito)
Viajar para o Vietnam é se desapegar de uma relação comercial transparente e justa. Mesmo quando você compra de uma empresa.
A não ser que você se sente num restaurante que tenha um cardápio impresso, ou que o preço do serviço que você precisa está claramente descrito em algum lugar, no Vietnam impera a lei da barganha.
Vai comprar um cruzeiro pela baía de Halong? Prepare-se: o mesmo barco, o mesmo quarto e – muitas vezes – a mesma agência terá diferentes preços para diferentes viajantes.
Muita gente reclama disso, e sente-se lesado. Tem gente que inclusive confunde a falta de um preço claro para a maioria esmagadora das coisas com scams – maracutaias e embustes que são famosos contra os turistas no país. Se você vem de uma região do mundo em que raramente se usa barganha, pode até parecer scam mesmo.
Mas não é.
Como o vendedor já aguarda a barganha, o preço inicial é 2, 3 ou até 4 vezes maior do que o preço final que ele admite chegar. Você tem que usar sua veia de mercador e negociar o preço. (Eu tenho muita sorte nisso, porque o Fernando é um grande negociador.)
É bem diferente de outras histórias, em que as pessoas são coagidas, amedrontadas, agredidas ou assediadas. Negociar preço é apenas a forma como se dão as relações comerciais em países mais informais. Crime é outra coisa.
Prepare-se para pedalar ou andar de moto – no meio do trânsito caótico
Hanói é famosa pelo trânsito caótico – o pessoal do Pequenos pelo Mundo fez até um pequeno vídeo para ensinar a como atravessar a pé. Ninguém para, quase ninguém respeita sinal de trânsito. Mas é bem engraçado: escutamos BEM menos buzinas do que em Lima, onde o pessoal também não é muito lá chegado a um sinal de trânsito.
Quando pegamos a moto, começamos a entender um pouco melhor a mentalidade da coisa: a moto é a extensão de um pedestre. A moto e um pedestre são a mesma coisa. O que um pedestre faz, uma moto faz.
Exemplos: um pedestre que venha pela rua e encontra uma rua obstruída à sua frente, faz o quê? Desvia pela calçada. A moto também.
Um pedestre que veja um sinal vermelho para ele, mas sem nenhum carro passando na direção perpendicular, faz o quê? Passa o sinal vermelho. A moto também.
Um pedestre aguarda no sinal vermelho apenas enquanto há carros atravessando – e depois atravessa, mesmo sem que o sinal tivesse ficado verde. A moto também.
Agora, uma coisa que eu sempre percebi: uma moto nunca nos pressionou para passar à nossa frente, como é costume fazer com os pedestres nas faixas aqui nas brazucas. Se caminhássemos vagarosamente, e nos fizéssemos bem visíveis, as motos (e os carros) é que desviariam de nós.
Como um pedestre.
No final, não é tão perigoso quanto parece, considerando a multidão de motos. A gentileza e a calma do povo vietnamita imperam. Não há ansiedade no trânsito (ou, quando há, é pouca quando comparada ao Brasil).
O Vietnam é um país mais seguro que o Brasil – apesar da pobreza
O Vietnam tem um PIB per capita cerca de 3 vezes inferior ao do Brasil. Saiu de uma guerra que durou 21 anos há cerca de 40 anos (ou seja: tem muita gente caminhando na rua que lutou na guerra). Minas terrestres ainda estão espalhadas pelos campos remotos do pais, e volta e meia um camponês morre ou é severamente machucado pela explosão de uma delas.
Aí você pensa: vamos entrar num país muito inseguro. Sequestros, roubos, assassinatos devem estar por toda a parte (afinal, não é assim aqui no Brasil?).
Você pensa assim até que de fato entra no país. E enxerga, com seus próprios olhos, o que as estatísticas já dizem. Que o povo é calmo, seguro, pacato, conservador. Que as pessoas caminham na rua até altas horas da noite, sem problemas, mas que a maioria dorme e acorda cedo (tipo, BEM cedo, 5h da manhã cedo).
Alguma coisa deve explicar o que faz com que um país que passou por tanta dificuldade, e ainda batalha para tirar a sua população da pobreza, pareça tão feliz. Talvez seja o paradoxo da satisfação, que diz que quanto mais aumentamos o padrão de vida de uma sociedade, mais ela se torna insatisfeita.
Não sei – precisaria entender de sociologia para entender melhor este fenômeno. Há quem diga que a TV aberta, mostrando todos os dias a vida dos ricos e famosos, dos bem-sucedidos e da aristocracia tupiniquim via novelas, faz acirrar o sentimento de desigualdade entre os que não são agraciados pela roleta do nascimento em berço de ouro.
Há também o uso dos meios de imprensa de massa para propagar a mensagem “bandido bom é bandido morto”, o que só fortalece e dá crédito para quem acredita no uso da violência como saída. Vimos pouquíssimas televisões no Vietnam.
A única coisa que sei é que estar tanto tempo no país fez todo esse descontentamento no Brasil parecer muito errado.
O Vietnam nos encantou. A sua beleza mais crua, menos pasteurizada e “pronta” para o turismo que a vizinha Tailândia, nos encantou. Antes de embarcarmos nesta viagem o Vietnam era um destino meio tenebroso, marcado pela guerra, e sem atrativos.
Tudo isso mudou quando finalmente colocamos o pé no país. Como é bom se surpreender com novos lugares!
Espero que este post lhe inspire a colocar o Vietnam nos seus planos de viagem. Ele é realmente um país maravilhoso, tanto em cultura quanto paisagens: um mix bem elaborado que preenche o prato de qualquer viajante.
E você? Já esteve no Vietnam? O que descobriu enquanto viajava pelo país – e que merece ser compartilhado com os próximos viajantes?
Amigosss simplesmente adorei!!!!
que bom 😉 quem sabe se animam a ir para aqueles lados do mundo um dia desses?
Estou querendo ir morar lá . O que vc teria pra me dizer? Tenho muita vontade de morar num lugar menos desigual e com poucas coisas e com cultura popular valorizada !
Ótimo material. Fotos lindas. Vietnam, para mim, ainda está fora de alcance, mas sonhar é o primeiro planejamento de qualquer viagem certo? Parabéns pelo trabalho de vocês.
Obrigada, Cristiane! Coloca aí na sua lista: quem sabe em algum tempo este sonho se torna realizável?
Parabéns pelo texto Cristina, muito bom. O Vietnam ainda é pouco conhecido pelos brasileiros e muitos infelizmente tem uma visão negativa do país. Eu acho que relatos como o seu contribuem para mostrar que o Vietnam é um país fantástico e que vale a pena visitar.
Eu tive a sorte de visitar o Vietnam várias vezes e nunca paro de me surpreender com o país, o seu povo e principalmente a sua comida. Foi paixão a primeira vista e não vejo a hora de voltar lá.
Oi, Edson, que privilégio visitar o Vietnam tantas vezes, hein? Obrigada pelo seu comentário. Uma das minhas missões é justamente desmistificar as visões que as pessoas têm a respeito de países pouco visitados (no Brasil).
Olá. Meu nome é Isaac Newton sou Pastor evangélico e tenho o proposito de ir ao Vietnam com o proposito idealizar e realizar trabalhos de evangelismo e social com as comunidades da região. Temos um proposito missionário para alcançar o Vietnam com trabalhos dessa origem. Vendo na internet pude me deparar com seu blog e vi algumas informações importantes de serviço popular nesse país. Pois sei que o sistema cultural é impactantemente surpreendente, e diferente do nosso país. Principalmente em se tratando de pessoas estrangeiras por lá. Todo cuidado é pouco por isso agradeço as informações e dentro em breve querendo Deus estaremos indo ao sudeste asiático para esse fim que infirmei. Grato pelas informações… Pr. Isaac Newton Obs. Gostei de mais das informações. Muito bom mesmo!!!
perda de tempo amigo, eles estão vacinados contra a hipocrisia ocidental….
O povo de lá não aceitaria uma igreja desvirtuada de seu propósito. Aliás, uma mania de certas igrejas achando q TEM que evangelizar, como se os outros povos, culturas, religiões precisassem disso.
Deixe cada um com sua religião,essa cultura ocidental de querer evangelizar todo mudo é nojenta!
O VIETNÃ da de 10 x 0 no Brasil, muito bom, eu apaixonei pelo VIETINA, povo simples e educado…
Estou planejando ir em fevereiro próximo, não tenho a menor ideia de como chegar, sou aposentado, livre, e tenho contato em An Chang, . Não sei quais os vistos de quais paises terei que arrumar, nem onde serão as escalas, tenho um destino, uma meta. Familia criada e independente, não quero viver preso em um sofá de meu apto assistindo as corrupções,violencia, e falta de perpectivas do brasileiro,.tenho 62 anos, sei que não me resta muito tempo pra frente, mas tenho um sonho e vou realiza-lo. Qualquer ajuda será bemvinda
Oi Henriques, isso mesmo, corra atrás do seu sonho. O Vietnã com certeza vai ser uma viagem muito enriquecedora.
Na internet tem muita informação disponível e como mencionado pela Cristina, é um país preparado para o turismo. Eu não sei qual é o seu perfil como viajante, no meu caso eu prefiro fazer tudo por conta. Eu acho que a viagem é muita mais interessante desta forma. Eu compraria apenas a passagem aérea de ida e volta e os primeiros dias de hospedagem. O restante eu resolveria durante a viagem. Tem muita chance dos planos mudarem depois. Lá tem muita opção de hotel, transporte (aéreo, rodoviário e ferroviário) e agências de turismo locais. É bem tranquilo, mas lembre-se, sempre negocie o preço antes e fique atento aos espertinhos que tentam tirar proveito dos turistas. Alguns pontos super importantes: compre seguro viagem, adquira um cartão viagem (tem ATM em todo lugar lá), não dirija moto ou carro, leve remédio para diarréia e vá para o Vietnã com a mente aberta. Para mim, uma das melhores coisas do Vietnã é a sua culinária. E com certeza a melhor comida está nas ruas, é só prestar atenção onde os locais vão. Boa sorte.
Oi, Henriques, o Vietnam é ideal para fazer um contraponto ao Brasil. É também um país em desenvolvimento, com muita gente vivendo na miséria, em condições muito piores ao que vemos de modo geral pelas ruas brasileiras. Mesmo assim, a gente vê muito menos violência, muito mais sorrisos e beeeeeeeem menos ansiedade. Você vai adorar – e aposto que vai lhe fazer pensar muito também sobre como são as coisas aqui.
Fui no final de 2016 ao Vietnã, mas ao contrário de muitos, sabia bem o que encontraria. Sempre li sobre a cultura e história vietnamita, sendo inclusive o lugar que eu mais gostaria de pisar no globo. Pois bem, realizei-me! De fato o país é fantástico e o que mais me chamou atenção foi justamente essa felicidade extrema com tão pouco que eles têm. Temos muito o que aprender com os vietnamitas. Com certeza voltarei! Muito bom seu post, parabéns! Ah, para registro, visitei: ho chi min, hue, hoi an, da nang, hanoi e ha long bay! Abs
Bom.Muito bom.Toda essa experiencia somada a uma estada na casa de uma família vietnamita pra colher inclusive a politizacaode adultos e jovens do pais entre outras informações fora de contexto econômico, seria desmitificador.Gostei da postagem.Parabens.
Adorei os posts! Que visao do país! Estou indo para lá em 10 dias e vamos seguir as suas dicas. Obrigada
Tenho planos de ir morar alguns anos em Hanoi, você viu comunidade de brasileiros? Como é o custo de vida? Tenho muitas dúvidas e seu texto já me ajudou bastante
Oi, Thais, tudo bem? Olha, não encontramos brasileiros em Hanói, mas devem existir. Sobre o custo de vida é difícil dizer, porque um turista tem uma perspectiva diferente do que um morador – mas pode-se dizer que boa parte das coisas é mais barata do que no Brasil
Meu filho está lá no Viatinå agora, vai ficar 30 dias , já viajou o mundo.
Olá, estou pesquisando sobre o turismo no país e encontrei o post! A viagem de vocês foi há um ou dois anos? Na ocasião, qual foi o custo /dia por pessoa, pensando em passeios, transporte e alimentação? Pode deixar alguma dica de hospedagem nas localidades visitadas?
Grata e bom ano!!
“o Vietnam substituiu o ensino de russo pelo de inglês nas escolas e eles estão preparando o país – através da educação – “PARA SER UMA GRANDE POTENCIA MUNDIAL” – Quando cheguei aqui parei de ler. Perdeu toda a credibilidade. Apaga que dá tempo.
Porque haveria de apagar, colega? Tens dados que apontem o contrário?
Porque eu tenho um bem bacana – índice global de inovação, conhece? é bacana olhar a inovação, porque ela mede o potencial do país de criar soluções alternativas e não usuais para os problemas que encontra. O Brasil está há 2 anos em 69° lugar.
Sabe em que lugar o Vietnam está? 47°, subindo do 59° em 2016 – olha que bacana. Veja aqui: https://www.globalinnovationindex.org/analysis-indicator
Com qual país você gostaria que eu comparasse o Vietnam? Talvez a China: 25° lugar – primeiro país em desenvolvimento a alcançar uma posição entre as 25 economias mais inovadoras do ranking, desde a sua criação.
Bacana, não? Talvez você tenha se confundido com a palavra “potência mundial” – eu sei, parece que estou dizendo que o Vietnam será o próximo Estados Unidos. Não é, não (ainda bem!): o caminho do Vietnam é bem diferente.
Vale a pena você ir ver – já esteve por aquelas bandas?
Olá, adorei as informações que deu, o comunismo cada vez me encanta mais..
O Comunismo te encanta? Você só pode estar doente ou brincando né? kkkkkk
O Regime Comunista matou mais de 100 milhões de pessoas no mundo… ultrapassou com excesso de folga o regime Nazista…
Qualquer sistema baseado em tiranias é ruim. Nem todos os países comunistas têm experiências ditatoriais. Mesmo assim, se for falar em mortes, como vamos contabilizar aquelas causadas pelo sistema econômico alternativo (capitalismo) em guerras, fome, exclusão social, violência urbana, etc? Neste caso, colocamos tudo na conta do indivíduo, ou podemos também colocar na conta da ganância, imperialismo, falta de responsabilidade social que acompanham o sistema capitalista?
Anyway, obrigada pela sua contribuição. Veja que o comunismo continua assustando (bu).
A ignorância é algo assustador. Ou, ainda, é simples discriminação. Ódio gratuito. Só q enquanto 1 dedo aponta para o outro, 3 se voltam para si. Falam do comunismo sem ao menos entender o que é, como funciona e se realmente foi aplicado. É muita hipocrisia falar do comunismo qdo se vive em um sistema q mata milhares de pessoas DIARIAMENTE. Um sistema q joga alimento no lixo enquanto centenas de milhões estão famintos. Mas infelizmente tem gente q não tem empatia. Não tem sentimento. Não está nem aí para o próximo. O meu é o q importa. Se o outro passa fome, é pq nunca fez nada, é vagabundo. É o pensamento de quem nunca passou fome, nunca precisou madrugar em uma fila para pegar bolsa família para ter o q comer ao menos por alguns dias.
Parabéns Cristina!
Adorei o texto e as informações aqui contidas.
Estamos indo em agosto para o Vietnã e algumas das cidades que citou estão em nosso roteiro.
Informação super úteis.
Amei!
Adorei sua matéria, estou me aposentando e pretendo ficar 6 meses neste pais lindo.
Obrigado pelas dicas, principalmente pela barganha, sou péssimos para pechinchar, minha esposa vai adorar.
Ameeeiiiii esse seu post! Vou pra lá em Setembro e ando vendo uns posts sobre o que fazer, onde ir…. aquelas coisas de sempre! E me surpreendi com o seu!!!!! Que show!!! Deu uma aula de vida!!!! (Além de geografia, economia do país, história hahahah) Estou mais ainda ansiosa pra conhecer esse país fantástico!!! Obrigada por essa apresentação com tanta sensibilidade!!!
Adorei! Adorei tudo, sobre tudo, as comidinhas, a caverna, o mercado flutuante, gente, que da hora! Obrigada!
lá é comum fast food?
olha, as grandes redes apenas nas cidades maiores. mas se você considerar que comida de rua é super fast, é sim!
Bons comentários para quem quer conhecer o país, porém percebe-se claramente o tom politico ideológico, desnecessário ao meu ver.
Achar surpreendente assistir um povo feliz com pouco não é motivo de aprendizado para nós Brasileiros como colocado, pois imputada ao cerceamento da ambição individual, seria sim um aprendizado em perceber que podemos ser uma grande nação, rica e com todos vivendo bem e com fartura, com cada um buscando a satisfação conforme sua ambição pessoal. Essa visão só mostra que o socialismo promove a pobreza.
E, mesmo “sem ambição”, o Vietnam continua há anos na frente do Brasil no Ranking Global de Inovação. Por que será, não?
Obrigada pelo comentário! Aqui tudo de fato tem ideologia – qual seria a sua?
A minha é de que podemos nos transformar em um pais melhor através da educação. Não educando as pessoas para achar que o empresario (desde o micro ao grande) é criminoso, que o bandido é vitima da sociedade e que precisamos de figuras messiânicas para nos guiar e dizer o que podemos ou não fazer. Acredito na liberdade e no empreendedorismo, e não tenho duvida alguma que estamos aonde estamos pelo viés ideológico “socialista” que permeia nossa politica desde a muito tempo (não estou falando dos últimos 20 anos apenas).
Você fez um corte cirúrgico de coisas “boas” , querendo mostrar que um pais socialista (ou comunista) pode dar certo.
sugiro abrir horizontes e analisar a transformação de países como a Nova Zelândia e Austrália, por exemplo.
Quando abandonarmos as teimosias ideológicas e buscarmos todos transformar verdadeiramente nosso pais em um pais de oportunidades e igualdade para as diferentes ambições, seremos uma nação soberana. Torço para não demore.
Bom, só posso falar sobre o que vi. Sobre o que não vi, com meus próprios olhos, não posso opinar.
O ponto do texto é desafiar este conceito de que países comunistas são necessariamente ruins. Inclusive há muito empreendedorismo neles – coisa que vi tanto no Vietnã quanto na China.
Agora, adoraria que você nos contasse a sua experiência nos países que citou 😉 e fico muio feliz que gostes tanto do site!
ah, e olha só, notícia fresquinha de hoje, me lembrei desta thread aqui: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/04/02/brasil-ranking-exportadores-omc.htm
O Brasil foi ultrapassado pelo Vietnã e caiu da 26ª para o 27ª posição entre os 30 maiores exportadores do mundo em 2018, segundo relatório anual divulgado hoje pela OMC (Organização Mundial do Comércio). Apesar da queda no ranking, as exportações brasileiras aumentaram 10% na comparação com 2017…
Que post maravilhoso!
Estou indo morar no Vietnã até o fim do ano e medo da incerteza me acompanha. Porém, o seu texto me fez ter uma percepção melhor da cidade. Obrigada!
Vietnã entrou meio sem querer no meu roteiro da viagem onde o foco era a Tailândia (“já que é ali do ladinho mesmo…”) e saí de lá encantada com o povo, com a comida, com as paisagens, com a história…
Ler teu post me fez viajar novamente para lá. Obrigada!
super legal o post. o consumismo e o materialismo como sucesso e ascensão social simplesmente aprofundou a desigualdade social e consequentemente a violencia. Vietnam é um exemplo pra nos brasileiro!
Estava gostando muito de seus textos mas… “Se ao menos todos que usam a expressão “querem transformar o Brasil numa Cuba” tivessem realmente ido a Cuba, seríamos um povo bem mais empático. Eu, como nunca fui, não digo. Mas posso dizer, sem pestanejar, que se transformarmos o Brasil num Vietnam, teremos duas…… não da, parei de ler! O povo é pobre e feliz, sorriem nas ruas… pelo amor de Deus……..
Que pena que você parou de ler, Nelcy. Empatia faz bem a todos, e tem um texto só sobre isso aqui no site 😉
Que pena que você parou de ler, Nelcy. Empatia faz bem a todos, e tem um texto só sobre isso aqui no site 😉
Ah, e o Vietnam mantém sua posição à frente do Brasil no Ranking Global de Inovação: 20 posições à frente!
E o Vietnã está em 117º no ranking do IDH, 32 posições atrás do Brasil, e em 134º no índice de Democracia, classificado como Regime Autoritário. Incrível né?
Muito interessante encontrar outros pontos de vista sobre esse país, as informações que chegam geralmente são muito tenebrosas diante da luta que esse povo teve que travar contra a violência colonial que sofreu por tanto tempo. Por outro lado é uma furada fazer paralelos com a realidade brasileira. Vi gente nos comentários dizendo que apesar da pobreza as pessoas no Vietnã são sorridentes e felizes. Esqueçam um ideal de democracia racial que Gilberto Freyre romantizou e mastigou para o mundo digerir sem refletir. Viajar é bom, mas pra não falar besteira do lugar onde se vive é preciso estudar, reconhecer privilégios e ter honestidade intelectual. Um país racista como o Brasil que se ergueu matando índio, escravizando preto e fingindo que não temos esse passado NUNCA terá paz social enquanto não encarar esse problema de frente, na política, na distribuição de renda, na divisão de terras, no cessar fogo dos genocídios e nem para por aqui… Estamos em guerra.
Cristina, só critica quem nao conhece.
Toda AsIa é mravilhosa mas o Vietnam é surpreendente e apaixonante. Eu diria até que é mágico rsrsrsrs… Tanto é que depois de tantas andanças me enrosquei por aqui rsrsrs…
Vale a pena.
Obrigado por essas informações tão valiosas e fantásticas, adorei! já coloquei em meus planos, quero poder viajar e conhecer pessoalmente esses lugares magníficos! simplesmente assim 🙂
Show, adorei a matéria . Já estava interessado , agora vou planejar seriamente uma viagem pra lá, gostaria de saber mais sobre as melhores épocas pra ir e outros países próximos que possam ser visitados na mesma viagem. Abraço
Gostaria de expor minha opinião pessoal:
Acho muito difícil comparar Vietnã com Brasil. Em função de números como PIB e felicidade (que é uma sensação individual) que muitas vezes independe do externo, mas sim de um valor e crença pessoal. Se no Brasil não tem nem Censo imagine um indicador tão recente quanto a felicidade, há no máximo de capitais, que não representam sua grande diversidade.
Pelas fotos, talvez seja impressão das fotos apenas, parece ser um povo com identidade com unidade, seja culturalmente, esteticamente, historicamente. Só este ponto torna muito mais simples a comunicação, mesmo que haja diferenças sociais claras. Algo que é inconcebível no Brasil, já que temos uma parcela da população buscando provar a própria existência. Em alguns pontos o Brasil se parece com locais com grandes disparidades e discriminação social enfrentados por algumas ex-colônias da África, com a diferença que o racismo foi identificado e não escondido como no Brasil, povos nativos pela sua descrição parecem ser necessariamente o povo de todo lugar, o que não acontece aqui e aliás talvez tenha sido minha leitura limitada, mas parece haver certa semelhança entre a área urbana e a área mais rural no Vietnã não em termos de infraestrutura, mas em termos de valores buscados, aqui acontece o completo oposto, muitas regiões rurais e povos nativos são basicamente adestrados por grupos (como missões religiosas, grandes fazendeiros, etc.).
Realmente tenho muito medo de comparações entre culturas com histórias e valores diferentes, pois uma mesma decisão em um local pode ser o paraíso ou inferno. É mais relativo do que exato. Basta observar que depois de situações extremas temos exemplos de países que se reerguerão a ponto de se tornar exemplos e outros são casos quase sem esperança.
Isso vale inclusive para pessoas, que com histórico de traumas semelhantes interpretam essas situações de maneiras distintas na vida.
No mais, adorei as dicas. São essenciais para quem vai viajar.
Achei legal citar sobre o paradoxo da satisfação, não conhecia, já havia estudado bem estar e o fato de que a transformação humana a partir da educação fazem as pessoas questionaram a tradição e conformismo, o que leva a uma impressão de que são pessoas insatisfeitas, quando na verdade são questionadoras, há também outros que dizem que as pessoas passam a ver menos defeitos, como no caso de Finlândia e Noruega que começaram a perceber que quando se sentem bem a população não questiona como poderia ser melhor, é mais difícil gerar mudanças. Mas vou complementar minhas leituras com esta nova forma de abordagem.
Até! E boas viagens com a família, quando a pandemia estiver melhor controlada.
Fantástico Cristina! Adorei seu texto, informações, obrigada por expor seu olhar!
Ola adorei o texto,bom msm que tira a quela ma enteçao, vontade de conhece o vietnã , bom msm junta um pequeno. Grupo e ir viaja ate la