Aniversário no quintal de casa: sim, nós podemos

Este é um texto escrito por uma convidada de honra aqui do Cuore Curioso: a Juliane Dias Gonçalves, mãe do Hilton, que vocês irão conhecer abaixo, e também diretora de relacionamento da Flavorfood e editora-chefe do site Food Safety Brazil. A Juliane é uma mãe moderna, que trabalha, mas espera que seu filho tenha uma infância rica e feliz, com presença e sem excessos. Vamos ao texto?

 

Tenho grandes recordações das minhas festas de aniversário de infância: as vizinhas iam para casa e faziam mutirões para enrolar brigadeiros, confeitar o bolo, cortar os sanduíches, rechear as barquinhas ou fazer aqueles palitos típicos dos anos 80: um cubo de queijo, um de presunto, uma azeitona.  Os pais ajudavam a encher e pendurar as bexigas e levavam o aparelho de som para alguma área estratégica. Prendiam com fita crepe, do jeito deles, aqueles enfeites de isopor na parede.

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DEIXANDO UM GRANDE AMOR IR EMBORA

Se você já viveu um grande amor, sabe do que eu estou falando. Invariavelmente, ele foi embora. Ele pode ter lhe deixado. Ele pode ter morrido. Ele talvez tenha simplesmente se derretido para dentro dos segundos do seu relacionamento. Talvez ele tenha virado uma bela amizade, ou um caso de ódio extremo resolvido nos tribunais. Ele pode ter somente desaparecido.

Mas este amor, que você já viveu e não vive mais, lhe deixou. Se você já viveu um grande amor, já sofreu esta perda.   Continuar lendo “DEIXANDO UM GRANDE AMOR IR EMBORA”

Toscana al mare – Casal Cuore e sua filhinha de 3 anos vão à Itália

Este post é para você ler ouvindo:

Quem viaja à Toscana, vai atrás de paisagens deslumbrantes, obras de arte, vinho, olio, cidades de montanha, gelato. O Casal Cuore também, tanto que nos estabelecemos em Montaione e ficamos num agriturismo por uns 5 dias.

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Encontrando a beleza dentro do agreste – ou, O que você precisa para se localizar

Só quem se mudou 11 vezes vai entender o que eu digo: é difícil sentir-se parte. Quando você chega numa cidade nova, tudo é estrangeiro (não você, você é local). O resto todo, os semáforos, as árvores, a cor das paredes, a temperatura da cerveja, quantas vezes se brinda: tudo é estrangeiro.

O maior gasto de energia de um local em uma cidade estrangeira é em localizar-se. Morando, não viajando, o local precisa localizar-se o mais rápido possível, sob pena de passar a ser um estrangeiro em breve. Após 11 mudanças, sabemos como localizar-nos, mas às vezes, simplesmente, as coisas não vão como os nossos planos.

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Uma voltinha na Toscana – Casal Cuore e sua filhinha de 3 anos vão à Itália

Depois de Roma, nosso destino era a Toscana. Resolvemos ficar no interior, alugar um carro e curtir um pouco num ritmo mais lento, como se fossem as férias das férias. O destino escolhido foi Montaione, porque achamos uma oferta muito boa no Booking para o La Collinella – apenas USD 90 por diária, para um apartamento completo, com sala, cozinha, varanda com mesa e vista livre, 2 quartos e 2 banheiros, com café da manhã!

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Mãe, por que tem sempre um amanhã? – ou, Não viva de falsas esperanças

Mãe, ali que é o amanhã?
Mãe, ali que é o amanhã?

Esses dias, surpreendendo a mãe como somente crianças de 4 anos fazem – e respondendo à minha afirmação de que amanhã a avó voltaria para casa – a Sara me perguntou: Mãe, por que tem sempre um amanhã?

Estávamos passando uns dias na beira da praia, em Florianópolis, mas tudo o que ela queria saber era: quando verei a vovó? A resposta era sempre: amanhã. Iria demorar.

Como você explica para uma criança o que é o amanhã? O tempo não é facilmente transposto em conceitos simples. Como dizer a ela que amanhã é um dia que ainda não chegou, mas que chegará, com certeza, se ela, tão pequenina, diz que tudo o que aconteceu no passado foi ontem?

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Uma voltinha no Trastevere – Casal Cuore e sua filhinha de 3 anos vão a Roma

Em 2014, pertinho do Carnaval, a TAP resolveu enlouquecer e fazer uma promoção com stopover em Lisboa, para qualquer lugar da Europa. Como estou sempre pesquisando sobre a nossa próxima viagem, vi a promoção assim que ela apareceu no Melhores Destinos.Pesquisei imediatamente no site da companhia e no dia seguinte já está comprando: São Paulo – Lisboa (2 dias) – Roma e volta por Milão – Lisboa – São Paulo, para maio.

A questão de irmos sem a Sara estava fora de cogitação. Ficar mais de 20 dias sem ver nossa filha, no way. E também que experiência fantástica cruzar a Itália com um ser pequerrucho, que acha graça em tudo e te enche de beijos! Era a minha chance  de passar mais tempo com a Sarinha.

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Música Erudita – ou, Vem cá, deixa eu te apresentar uma amiga.

Quando se ouve falar em música erudita (ou, mais comumente, “clássica”), a reação mais comum das pessoas é fugir do assunto – e da música. Sempre me lembro de um episódio, há uns quatro ou cinco anos, quando eu soube não sei nem como (pois aqui no interiorzão de meu deus os espetáculos culturais são bem pouco divulgados) que haveria um concerto de uma certa Camerata Linense. Esse espetáculo teria lugar no Clube Linense, aonde eu nunca havia ido. Curiosa, quis ir e chamei uma amiga para me acompanhar. Sua resposta me marcou não sei por quê, já que eu, apesar de ter estudado música desde criança, também não sabia sequer o que era uma camerata: “não vou, não, porque não entendo nada disso”.

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