Cargas – ou, Sai de mim, coisa ruim! e Seja mais leve

Estou espantada com as cargas que carrego. Eu ainda tenho papéis de cartas decorados que colecionava quando criança. Parte da coleção ficava na casa da minha avó, e fiquei ofendidíssima quando ela jogou fora. Isso há pelo menos uns 20 anos. Consegui salvar uma pequena parte, que guardo comigo desde então.

Eu tenho 36 anos.

O que realmente farei com estes papéis? Nem eu sei. Mas eles estão aí, guardados, juntos a tantas outras coisas que não fazem nenhum sentido. 15 almofadas. Quem precisa de 15 almofadas em uma casa com apenas 1 sala? Continuar lendo “Cargas – ou, Sai de mim, coisa ruim! e Seja mais leve”

AS CAIXINHAS EM QUE AS EMPRESAS NOS COLOCAM

Quando eu me inscrevi no vestibular, peguei todos os cursos da UFRGS, risquei aqueles que não me interessavam (tipo Medicina, Matemática e Geologia) e fiquei com alguns para escolher. Ficaram na lista: Engenharia de Alimentos, Ciências Sociais, Direito, Jornalismo. Tal era a minha vontade de ter um emprego, que eu escolhi uma Exata no meio de um montão de Humanas, pois era o que me parecia com maior potencial de emprego.

Bem, mas Engenharia de Alimentos foi eleita, e não era um curso anômalo para mim também: havia um pouco de tudo, mesmo Humanas, no currículo. Formei-me e na sequência vieram o primeiro, segundo, terceiro e quarto empregos. Já se vão quase 15 anos de formatura, e um emprego seguiu o outro, numa fúria constante para não ficar desocupada.

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MASTER PLAN 2015 – Ou, eu só queeeeero é ser feliz!!!

Para quem ainda não sabe, o Fernando e eu estamos sem emprego. Com uma filha pequena e sem emprego.

O ângulo que escolhemos para contar uma histórica reflete o que pensamos dela – e tem um impacto imenso sobre o nosso interlocutor. Eu comecei contando esta história sobre a nossa situação empregatícia, e provavelmente você agora está com pena. Ou talvez dizendo, bem feito, eu falei. Ou talvez confuso sobre como iremos nos virar.

Então vamos começar novamente.

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Eu hoje

Eu já nem me reconheço mais. Já fui uma bruxa, uma grunge, uma adepta de teorias da conspiração, alguém que não acreditou que o homem tenha ido à Lua. Já fumei, bebi, ouvi sertanejo, gostei de pagode, fui ao show do Jimmy Cliff. Escrevia poesia, deitava na grama para ver as estrelas, tomei glicose, fazia teatro. Sabia de tudo o que circundava a minha vida, meditava, ouvia os shows do Woodstock no quarto escuro da casa da praia.

Diversão II
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A HISTÓRIA DO MEU PARTO NORMAL

A grande maioria das mães que eu conheço teve parto cesáreo. Corrijo: a grande maioria das mães da minha faixa etária teve parto cesáreo. A coisa é de tal forma desproporcional (no Brasil) que, quando decidi por um parto normal, recebi todo o tipo de olhares de estranhamento. Mais ou menos como se eu fosse uma gaúcha louca tentando comprar erva mate em Jundiaí às 6h30 da manhã de sábado.
Pera aí. Eu sou.

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A PRIMEIRA VIAGEM DA SARA – 14 HORAS DE CARRO!

Eu cheguei a ter fama de ser superprotetora – muito porque, nos primeiros 2 meses da Sara, nós basicamente não saímos de casa. Também pudera, cada saída era acompanhada por gritos estridentes incessantes durante todo o período em que o carro estava fora da garagem. Bebê gosta de carro? É, talvez outro bebê – a Sara odiava andar de carro.

Mas por que mesmo eu queria ir de carro?

Mas como roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião, um dia a vida da Sara rodou também e ela passou a andar de carro com curiosidade. Não que ela dormisse muito, mas ao menos não chorava mais. Lá pelos 7 meses.
Até o dia em que ela passou a dormir quando o carro se movimentava. Isso foi lá pelos seus 10 meses. Continuar lendo “A PRIMEIRA VIAGEM DA SARA – 14 HORAS DE CARRO!”

O primeiro Natal da Sara – Acreditar em Papai Noel?

Que vantagens há para uma criança acreditar em Papai Noel? Ela acredita em algo que não existe, cria fantasias a respeito de alguém que não as realiza, escreve cartas para alguém que não as lê, comporta-se para a avaliação de alguém que não a vê, espera ansiosamente pelo dia de alguém que não é dono de nenhum.

Vem pra mim, Natal!

Antes do Natal, o Casal Cuore teve uma discussão a respeito. A meu ver, a Sara não precisava acreditar em Papai Noel. Crianças são serezinhos tão dependentes de nós, eles acreditam exatamente naquilo em que as fizemos acreditar. Entre tantas coisas sobre cuja existência há disputa, por que a fazer acreditar num ser que evidentemente não existe? Continuar lendo “O primeiro Natal da Sara – Acreditar em Papai Noel?”

CUPCAKES – VICTORY!!!

Por mais americanizado que me soe, eu adorei essa história toda de cupcakes. Mesmo antes de virar mania nacional nos EUA e aparecer em todos os blogs de comida (como aqui, aqui e aqui), acho que de tanto ver filmes e seriados americanos, era impossível não ter já se deparado com os bolinhos. Fofos.

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