MASTER PLAN 2015 – Ou, eu só queeeeero é ser feliz!!!

Para quem ainda não sabe, o Fernando e eu estamos sem emprego. Com uma filha pequena e sem emprego.

O ângulo que escolhemos para contar uma histórica reflete o que pensamos dela – e tem um impacto imenso sobre o nosso interlocutor. Eu comecei contando esta história sobre a nossa situação empregatícia, e provavelmente você agora está com pena. Ou talvez dizendo, bem feito, eu falei. Ou talvez confuso sobre como iremos nos virar.

Então vamos começar novamente.

O Fernando e eu decidimos, há uns meses atrás, largar tudo e correr o mundo. Faz um tempo que temos uma reserva, que estava aumentando sem muita motivação. Somente uma reserva para tempos incertos pela frente, já que a nossa situação empregatícia era, para dizer no mínimo, instável.

Em fevereiro, voltando de uma viagem a trabalho em que eu não queria ter ido, sofrendo com o aumento do meu pânico de turbulência, pensando que mais uma vez eu estava fazendo algo com o que não concordava, passando dias longe da minha filha e do meu marido, sentei na cozinha da casa da minha sogra e pensei: eu não quero mais isso.
Falei para o Fernando: eu não quero mais isso. Eu não sou feliz. Tenho apenas 36 anos, e se eu não fizer nada a respeito, ficaremos aqui mais uns 3 a 5 anos, e daí teremos mais idade, e teremos sido razoavelmente infelizes todo este tempo.

Ele me disse o mesmo. Vamos embora. Vamos fazer o que a gente quer fazer. O que importa é nós 3.

Mas o que fazer? Aí me lembrei que quando viajei para Paraty pela primeira vez, escutei uma palavra que me intrigou: ano sabático.

Veja, nem o Fernando, nem eu, viemos de famílias abastadas que nos sustentaram a vida inteira e permitiram que o trabalho fosse apenas um hobby. Apesar de nunca termos sido pobres, tampouco tivemos o nível de regalia que permite às pessoas pensar num ano sabático. Ano sabático, até 2005, quando o termo foi cunhado na minha mente que flutuava numa praia de águas verdes de Paraty, era meramente uma expressão levemente judaica sem sentido.

Contemplando a Praia do Sono, Paraty
Contemplando a Praia do Sono, Paraty

Pois ali, sentados na cozinha da minha sogra em Itupeva, tomando um café da manhã correndo para voltar aos meus grilhões em Lins, peguei meu celular e digitei no Google: Sabbatical Year. E a montanha de informações que se abriu foi quase afogadora.

Quem nos conhece sabe que eu me jogo. Sou impulsiva, ansiosa, corajosa, animada, destrambelhada. Ele me chama de Furacão. O Fernando é a nossa Montanha: calmo, sereno, impassível, levemente… medroso.

Talvez, contudo, tenha algo em que nós dois somos bons juntos: tocar projetos mirabolantes e acreditar que conseguiremos ter sucesso. Foi assim quando fomos morar juntos com 1 mês e meio de namoro. E quando resolvemos fazer um mochilão pelo Peru. E quando fizemos a festa de 1 e 4 anos da Sara com as próprias mãos. E quando fizemos uma viagem de 23 dias pela Itália com a Sara aos 3 anos. A nossa dinâmica normalmente é: eu visualizo, e ele apoia e nós dois realizamos juntos.

Detalhe da Escola Confuciana com seus protetores no telhado

Ali, sentados na cozinha da casa da minha sogra em Itupeva, e nas 4h de volta a Lins, começamos a tecer o que seria o nosso master plan para 2015: uma viagem de 6 meses? 1 ano? com a Sara pela Ásia.

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25 comentários sobre “MASTER PLAN 2015 – Ou, eu só queeeeero é ser feliz!!!

  1. Oi Cris.. Não sei se lembra de mim.. Trabalhei na antiga Germinal..
    Bati o olho em seu post e não resisti em ler…
    E me identifico demais com ele… Hoje somos escravos do dinheiro.. É só temos em nossa frente trabalho.. Trabalho.. Trabalho…

    Lendo esse post.. Também me lembrei de uma viagem a Paraty.. Onde eu e meu marido fomos até Trindade..

    Na entrada do Camping que ficamos.. Havia um rapaz.. Novo.. Sentado numa cadeirinha embaixo do Guarda Sol controlando a entrada e saída dos carros.
    Passou um senhor.. Empurrando um carrinho de sorvete.. Aflito por não estar dando conta das vendas (praia cheia).. perguntou para este rapaz quanto ele estava ganhando para ficar ali. O moço respondeu que eram 15 reais.
    O senhor parou e falou: Te pago 50 pra vc vender o sorvete pra mim.. Andando nas praias.
    O moco simplesmente virou.. Se ajeitou na cadeira e falou: obrigada! Aqui eu ganho 15 sentado.. Na sombra..

    Me lembro que nosso primeiro impacto foi: que cara burro?

    É hoje.. Nessa nossa rotina maluca.. Eu vejo que “burros” somos nós.

    Boa sorte viu.. E aproveite muito. Espero um dia me encorajar como você. Bjs.

    1. Carla, é claro que eu me lembro de você! Estou sempre vendo as suas postagens da Jequiti e dos Oncelots!
      Eu acho que você JÁ se encorajou 🙂 Boa sorte também, amiga!

    1. Oi, Claudia, que querida!
      Então, o roteiro é uma página e este aqui é um post. Por algum motivo, as páginas estão sem caixas de comentário, obrigada por alertar!
      Foi um sonho mesmo, não vejo a hora de conhecer mais e mais da Ásia – que lugar intrigante!

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