O que eu digo para o meu filho quando saio para trabalhar

Mais um texto escrito pela Juliane Dias Gonçalves, mãe do Hilton e também diretora de relacionamento da Flavorfood e editora-chefe do site Food Safety Brazil. A Juliane é uma mãe moderna, que trabalha, mas espera que seu filho tenha uma infância rica e feliz, com presença e sem excessos. Vamos ao texto?

 

Trabalho fora, adoro o que eu faço. Sofri, como todas as mães para retornar ao ritmo, embora minha “licença maternidade” não tenha tido a fronteira marcante dos 4/6 meses. Mas nunca cogitei abandonar minha carreira.

Com quinze dias de nascimento, estava nos e-mails esporadicamente. Com 45 dias uma vez por semana saía para clientes e por dez meses não fiz nenhuma viagem, ficando em um ritmo bem restrito de viagens por um ano e meio. Foi meio parecido com o que fazem dentistas, advogadas, donas de salão de beleza, e outras mulheres não celetistas do meu convívio e que não puderam ou não optaram por deixar de trabalhar.

Claro que em um dia tive que me deparar com a pergunta dilaceradora de coração: “Mamãe, por que você tem que me deixar para ir trabalhar?”.

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CURADORIA CUORE CURIOSO – DIA 28

Quanto mais conversamos, mais descobrimos casais que abandonaram a vida tradicional e foram se aventurar no mundo. A maior parte deles simplesmente vai, mas alguns poucos temos a sorte de serem também escritores, então se colocam em palavras em sites que te incitam a mudar sua vida. O casal brasileiro por trás do 1000 dias abandonou uma carreira mais ou menos estabelecida para correr todos os países da América e todos os Estados do Brasil em uma Toyota Hilux. A expedição já acabou, mas os arquivos estão lá para você viajar e conhecer esses países incríveis que estão próximos a nós. Para mim, o maior achado é este lugar da Guatemala: Semuc Champey. Tem dois post sobre ele, um da Ana e outro do Rodrigo.

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Olhar de viajante – ou, Indo ao Viaduto 13 pela primeira vez

Eu nasci em Porto Alegre, mas aos 8 anos me mudei para Lajeado. Lajeado fica no Vale do Taquari: em 1989, não tinha cinema, shopping, teatro, coisas a que me tinha acostumado na Capital. Odiava Lajeado.

Quando voltei a Porto Alegre para a faculdade, em 1996, Lajeado era um lugar desconhecido para os meus colegas. Lajeado? Sem importância nenhuma. De Vale, se começava então a conhecer o dos Vinhedos, que até hoje é o famoso.

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Saí daqui novamente, e voltei este ano para fazer um período sabático. Sabe o que estou encontrando na volta? Uma cidade energizada, repleta de gente, com uma Universidade forte, teatro, cinema, shopping, restaurantes. Um Vale onde se faz música. O Vale do Taquari é outro lugar hoje em dia.

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VIVENDO E APRENDENDO A PERDER

 Trilha Sonora

Eu passei no me primeiro vestibular quando tinha 16 anos e nem tinha cursado o último ano da escola. Passei em primeiro lugar para Direito numa Universidade da região. Nas férias de julho do ano seguinte, passei novamente, mas agora em 1º lugar geral da mesma Universidade – e ainda não havia completado o atual Ensino Médio.

Quando foi para valer, passei em 4º lugar para Engenharia na Federal e completei o curso em 2º lugar entre os meus colegas. Eu tinha certeza absoluta de que eu era a pessoa mais inteligente que estaria sentada em qualquer sala que estivesse.

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CURADORIA CUORE CURIOSO – DIA 21

A beleza está nos olhos de quem vê, ou quem ama o feio, bonito lhe parece: este tipo de pensamento está presente na humanidade desde os gregos. Há uma série de ensaios que dizem que a beleza está na simetria, ou numa proporção áurea que alguns chamam de divina e que ficou famosa com o livro do Dan Brown.

Nada disso explica, contudo, porque achamos bonito um gol, ou um ace, ou um objeto que há 20 anos nem conhecíamos, mas que hoje parece fazer parte do nosso corpo: um celular.

Denis Dutton tem uma proposta para resolver esta questão (com legendas em português). Veja, o vídeo e pensem nas pedras lapidadas – ou nas pirâmides!

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Voltando a Veneza, a cereja do bolo – Casal Cuore e sua filhinha de 3 anos vão à Itália

Quando fui a Veneza pela primeira vez em 2008, quase ao fim de um giro de 32 dias com uma amiga pela Europa, jurei para mim mesma (e para ela) voltar com um namorado. Queria estar ali com alguém com quem beijar, queria fazer fila com os outros casais para andar de gôndola. Queria brincar de veneziana e entrar em todos os bàcaro que houvesse pelo caminho, queria tomar todo o vinho do mundo e ficar balançando os pés num final de rua, comendo pizza na mão.

Voltando ao Brasil, descobri que outra grande amiga é apaixonada por Veneza. Volta para lá quando pode, já esteve mais de 4 vezes, e diz que quer alugar um apartamento e ficar morando, para sentir-se veneziana completa. Somos duas enfeitiçadas por Veneza.

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ARTE QUE INSPIRA ARTE – ou, O QUE É PRECISO PARA MUDAR A SUA VIDA

Sem música, a vida seria um engano.

Nietzsche

 

Lá por 2006 (em uma das nossas 11 mudanças), troquei de apartamento em Jundiaí. Nesse momento, troquei de endereço. Aproveitei o ensejo, e já troquei de celular – tinha um Walking Dead e comprei um Chiaroscuro. Um dia, dirigindo para São Paulo, deparei-me com a fragilidade da minha situação: quem quisesse me localizar fora do trabalho, não me acharia (talvez, apenas via Orkut, mas nem todo mundo usava). Era como se eu pudesse me reinventar.

Parece que uma mudança inspirou a outra, numa cadeia de eventos que tinha a ver com o momento pelo que eu estava passando – cheio de revelações sobre o meu mundo interno. A análise começava a mostrar seus efeitos e eu estava prestes a deixar para trás um monte de cargas que carregava. Parece que fiz este movimento em todas as frentes que consegui.

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