8 anos depois, aqui estou eu contando a história no meu parto – desta vez, normal mesmo, como tem que ser, sem descobertas posteriores atordoantes e com muita emoção e calor humano.
Conto esta história para deixá-la registrada e para servir de exemplo para futuras famílias que estejam considerando o parto normal. Que este relato traga luz e mais segurança na escolha feita, seja ela qual for.
Desde a 13° semana de gestação, eu tive duas datas do parto: o ultrassom, realizado àquela época, me indicou estar 2 semanas mais grávida do que eu pensava estar. Ou seja: Alice poderia nascer tanto ao redor do dia 04 de maio, quanto do dia 12. Como a intenção era deixar ela sinalizar que momento seria esse, e não apressar de forma alguma a sua vida ao mundo, esta incerteza apenas ajudou a desviar os curiosos no caminho.
Antes disso, volto.
Tenho que explicar uma coisa para você: eu não queria, por muito tempo, ter outro filho ou filha. A experiência pós-parto com a Sara para mim tinha sido traumática – não por dor, mas principalmente pela solidão atroz do puerpério. Eu não tinha estrutura emocional, nem rede de apoio suficiente, para lidar com ele. Quando apareci grávida em 2018, minhas amigas mais próximas inicialmente se assustaram: “como assim?” foi algo que eu ouvi muito.
Engravidar novamente fez parte de toda essa reconstrução da nossa vida, que começou lá no sabático. Com a minha própria empresa, fazendo home office, toda trabalhada no gerenciamento da ansiedade, eu comecei a vislumbrar uma irmã ou irmão para a Sara, que já cobrava isso há anos. Outro fator importante foi ter conhecido algumas pessoas incríveis na minha região: gente que trabalha com as duas mãos enfiadas no empoderamento feminino no parto e que me fez ver que uma nova experiência seria possível para este momento.
Voltando então: era o feriado de 1° maio.
Estava aquela temperatura agradável de outono, não muito frio, porém já pedindo um casaquinho. Eu estava me sentindo muito bem com meu barrigão de 37 ou 39 semanas: nada de inchaço, nada de pressão alta, bebê mexendo bastante. A minha única reclamação eram as noites de insônia, que a cada dia se avolumavam. O fato de eu fazer home office ajudou muito: nestes dias, eu conseguia voltar a dormir lá pelas 6h da manhã, e esticava até umas 8h.
Resolvemos ir almoçar em Guaporé, já que a Alice nasceria lá e queríamos medir o tempo e conhecer a estrada. Coloquei algumas bergamotas numa sacola e saímos em direção ao restaurante do Pesque e Pague Giaretta – para chegar lá, pegamos uns 5km de estrada de chão, o que já era bem incômodo nesta altura.
Depois do almoço, demos um giro na cidade e fomos até o hospital. Fernando me perguntou se gostaria de entrar e eu neguei. Pensei “não conheci o da Sara antes, por que teria que conhecer este?”.
Chegamos em casa por volta das 17h. Sara e eu começamos a ver um filme no Netflix, algo dos Vingadores. O filme durava umas 2h e pouco – neste intervalo, percebi que tive umas 4 contrações. Achei estranho. Eu vinha tendo contrações, mas nada com ritmo. Mandei uma mensagem para a equipe que estava acompanhando o meu parto avisando. Expliquei também que havíamos ficado o dia na estrada e poderia bem ser cansaço. Elas me pediram para descansar.
Tomei um banho, mais contrações. Deitei na cama, mais contrações. Era cedo ainda, algo como 20h30, Sara deitou comigo. Eu ainda trabalhava com a hipótese de que descansando tudo iria acalmar.
A fotógrafa, com que eu tinha começado a falar (e não terminado) há cerca de 1 semana, nem havia sido contratada. O apartamento estava sujo. Eu tinha as malas de maternidade prontas (ufa) mas ainda muita coisa por fazer. Na minha cabeça, o ultrassom estava redondamente enganado: Alice nasceria apenas em umas 2 semanas.
Pois bem, vou ao banheiro e vejo uns risquinhos de sangue no vaso após urinar. Mensagem novamente no grupo do Parto. A enfermeira Rose me pergunta se eu vi algum muco, mas já era tarde demais. Deito novamente.
Mais vontade de urinar, desta vez olho bem para o vaso e o muco está lá: em pequena quantidade, mas definitivamente lá, circundando os risquinhos de sangue. Era a hora da Alice nascer (tchau, minhas certezas).
Rose me pediu para descansar e aguardar, enquanto ela e a enfermeira Camila vinham à minha casa. Neste meio tempo, mostrei o álbum de bebê à Sara (que, por incrível que pareça, nunca o tinha visto), separei alguns itens que queria levar à maternidade e descansei.
Quando as contrações começaram a vir com alguma intensidade, baixei um aplicativo para medir o espaçamento e a duração: eu já estava tendo contrações a cada 2/3 min, de 1min cada. Ritmo, ritmo de festa – fiquei meio espantada, porque o aplicativo me dizia que com espaçamento menor do que 5min era hora de ir para o hospital: sendo que eu tinha ainda 1h30 de estrada para chegar lá em Guaporé de volta.
A Sara dormiu. Temos por hábito baixar as luzes de casa à noite, para ajudar no sono de todos. Enquanto esperava a equipe, coloquei a trilha sonora que havia preparado para o parto há uns 2/3 dias – eram apenas 46 músicas, 3h 07min de duração. Eu sabia que não estava finalizada, dado o tempo que a galera fica em trabalho de parto: mais uma coisa que eu tinha deixado para a última hora.
Era por volta das 22h45 quando chegaram aqui em casa as duas enfermeiras obstétricas (Rose e Camila) que fazem parte da Equipe Maternalle, especializada em parto humanizado. Rose logo pediu para escutar o bebê e fazer um toque (o primeiro e penúltimo toque de toda a gestação). Minha pressão estava boa, o coração do bebê ótimo e eu já tinha 4 centímetros de dilatação.
É agora? Sim! O que eu faço? “Vamos para o hospital”. Neste meio tempo, Fernando colocou a cadeirinha da Alice no carro, carregou as malas e outras bugigangas. Eu avisei a minha mãe que a neta estava para nascer. Contrações seguindo firmes e fortes.
O que, durante o dia, tinha sido uma viagem de ida e volta linda e tranquila, no meio da Serra gaúcha, com paisagens estonteantes, à noite se transformou numa viagem vagarosa, a neblina densa e branca, como uma cortina de vapor de leite, que desceu sobre a estrada. A velocidade máxima, na maior parte dos trechos, era de apenas 50km/h.
Eu basicamente não vi a viagem, imersa já nas contrações que chegavam a cada 2/3 min e que começavam a ficar fortes. Sara, que havia sido acordada para entrar na aventura, tinha seu comando: a mãe não podia falar quando levantava a mão esquerda, sinal de que estava no meio de uma contração.
Sem sinal de celular na maior parte da viagem, eu mal consegui avisar a fotógrafa quando passamos por Encantado (o que era o combinado). Por sorte, a equipe avisou: neste momento, eu ainda não sabia, mas éramos um comboio já. Nós à frente, controlando o ritmo, atrás as enfermeiras, seguidas da fotógrafa e do obstetra. Se a polícia nos parasse, seria interessante explicar que aquela gente toda tinha se abalado desde Lajeado a Guaporé para ter uma filha, com tantos hospitais disponíveis no caminho.
(Ah, e as enfermeiras vinham de mais longe ainda: Rose de Teutônia e Camila de Cruzeiro.)
Fernando foi dirigindo mudo e bem dizer calado. Sara, por outro lado, depois de ser acordada, demorou bastante a dormir novamente. Chegamos no hospital por volta da 1h da manhã. As contrações estavam bem fortes.
Neste momento eu conheci pessoalmente a fotógrafa e o Dr Jorge, meu obstetra. Na recepção do hospital, um segurança e uma moça atendendo. Enquanto eu me contorcia de dor, ela queria cada detalhe meu para fazer a baixa, inclusive meu celular e CEP (que Fernando não conseguia se lembrar na hora e eu tive que dizer).
Rose segurava as minhas mãos e me pedia para não contrair os ombros – ficar o mais relaxada possível. Eu estava bem: quando as contrações iam embora, eu conversava, ria e estava ciente de tudo ao meu redor.
Só de entrar no quarto PPP eu já pude ver que teria uma experiência tão diferente do meu primeiro parto. As luzes logo foram desligadas, o quarto estava aquecido e a banheira com água bem quentinha preparada. Rose me pediu para fazer um novo toque (segundo e último da gravidez) e ela cochichou baixinho com o Jorge. Pedi quantos centímetros eu estava: 5cm (depois ela me contou que não deveria ter me dito isso, porque a ideia não é focar na dilatação ou qualquer informação concreta, e sim se entregar ao processo).
Pedi que a Sara colocasse a playlist para tocar – e ela logo escolheu a música de que veio seu nome. Tudo estava tão silencioso e à meia luz que o som do celular me parecia estridente. Mais de uma vez pedi para baixar.
Fui ao banheiro logo que cheguei e vi, pela primeira vez, o que era o tal tampão mucoso: sobre o absorvente que tinha posto a pedido da Rose, uma camada de muco, transparente e gelatinosa, me aguardava. Chamei ela e mostrei – era isso mesmo – “que emocionante, pela primeira vez estou vendo o que é estar pronta para o parto”.
Ela me perguntou se queria entrar na banheira e eu, que até ali tinha minhas dúvidas, disse imediatamente que sim. Enquanto Fernando buscava meu top, a bolsa estourou. Eu, que esperava uns 20 litros de água, senti apenas um pouco escorrer pelas pernas. Rose chega no meu ouvido e diz: “você sabe que as contrações ficarão mais fortes agora, não é?”.
Sim, eu sabia. E elas vieram.
Entrei na banheira e as contrações começaram a vir bem fortes. Tinha uma sensação de estar fora do meu corpo, meio como se não estivesse de verdade passando por aquilo, e ao mesmo tempo sentindo muita dor. Em determinado momento, pensei assustada: “no que eu fui me meter? Agora não terei anestesia, tenho que ir até o final”. Eu mal havia entrado na banheira, tinha apenas 5cm de dilatação – então as dores iriam aumentar muito ainda.
Ao mesmo tempo, a água quente da banheira me envolveu e me esquentou, como se fosse um cobertor bem quente e firme ao meu redor. Como se pudesse de alguma forma conter o meu corpo de estar a esmo no espaço e, assim, conter também a dor. A memória que tenho agora é que a água quente amortecia as contrações e que, se eu não estivesse ali dentro, a dor viria como um soco seco de dentro do meu corpo.
Fernando e Sara estavam do lado de fora da banheira. Meio desajeitado, Fernando tentava me segurar para eu flutuar e Sara me dava a mão. Vi a Sara posando para a fotógrafa sobre a bola (que eu nem usei). A maior parte do tempo, contudo, eu tinha os olhos fechados, imersa nestas sensações que formam o parto: dor intensa no colo, barriga dura, relaxamento.
Camila sussurra: “quando não estiver contraindo, seria bom você tentar se mexer um pouco, rebolar”, mas eu não consigo. Fernando então me pega pelas costas e tenta me fazer mexer, flutuando na água. Eu me viro, fico de cócoras, apoiada nos braços dele, e esta posição me ajuda por um tempo. A equipe toda falava apenas em sussurro entre si, eu bem poderia estar no quarto da minha casa.
Tive certeza de ter feito cocô. Camila me acalmou, foi somente a sensação.
A dor estava muito forte, forte o bastante para eu gritar. Soltei meu primeiro grito, longo e baixo, acompanhando a contração, e ele, por incrível que pareça, me relaxou. Parecia que, ao gritar, eu focava em algo diferente do que a sensação que tinha na parte de baixo na barriga.
Em algum momento, escuto o Fernando dizer “acho que eu tenho que entrar agora” – para minha surpresa, que nunca havia imaginado que ele poderia querer entrar. Sentou-se nas minhas costas, me agarrou por trás dos braços e me fez boiar. Ele não conseguiu me segurar direito – a maior parte do tempo, estou meio submersa, com as orelhas fechadas na água. Ao invés de reclamar (que seria o meu normal) eu deixo, relaxo, me permito me esconder do mundo dentro d’água e dentro de mim.
Neste momento, eu não tenho mais nenhum controle. Não escuto nada, não vejo nada, nem me seguro mais. Meus olhos estão fechados, meus ouvidos dentro d’água e meu corpo levita e se balança apoiado nos braços do Fernando. Eu, a supercontroladora, ansiosa, incapaz de me render, estou entregue.
É cedo, mas “estou sentindo algo lá embaixo”, consegui falar. Camila me respondeu “se você puder não fazer força, espere um pouco”. “Eu não estou fazendo força, mas tem algo lá embaixo”.
Nisso vem outra contração e o meu grito ficou mais forte e alto. Quando terminou, vejo Rose e Camila e Jorge na minha frente, Rose com uma pequena lanterna inspeciona minha vagina. “Já estou vendo os cabelos, quando vier a próxima contração você pode tentar fazer uma força, ok?”.
A contração não demora e eu me lembro que minha amiga Fernanda, 8 anos atrás, tinha me ensinado a respirar nesta hora. Puxa o ar e solta devagarinho, como se estivesse soprando uma vela. Concentro-me e começo a sentir a cabeça passar – nesta hora, não grito, apenas me concentro. É uma dor diferente, de passagem de um corpo grande, como se você estivesse (e está) expulsando algo de si.
Paro de fazer força e Rose me estimula “continua com a força que ela já sai” e então eu volto a me concentrar e Alice nasce, numa força apenas, numa contração apenas, dentro da água. Rose chama Jorge para lhe ajudar: Alice veio ao mundo com nada mais, nada menos, do que 3 circulares de cordão umbilical. O batimento monitorado em todo o tempo: em nenhum momento baixou. E pensar no tanto de gente que tem indicação de cesárea por conta de uma circular apenas.
2h54 é o horário de nascimento.
Incrivelmente, Alice nasceu nas suas músicas! Enquanto começava a expulsar, tocava Isn’t she lovely (que Stevie Wonder escreveu para a sua primeira filha, Aisha, logo que nasceu). Em seguida veio Alice (da Nina Fernandes) e Alice (não me escreva aquela carta de amor) (do Kid Abelha). Quem quiser escutar a trilha sonora do parto, clica aqui.
Alice veio direto para o meu colo e falamos com ela. Não tem choro, tem apenas acolhimento. Eu me levanto da banheira, placenta ainda dentro de mim, cordão umbilical ainda me ligando a ela, vou caminhando até a cama, onde me deito e, no caminho, me secam.
Panos nos embrulham, a equipe começa a falar um pouco mais, espantada pela rapidez do parto. Depois eu viria a saber que fiquei menos de 1h na banheira – santa banheira. Quem tinha desmarcado os compromissos do dia seguinte já começa a repensar a decisão.
Enquanto Rose me ajuda a fazer Alice mamar pela primeira vez “deixa ela te lamber”, Jorge está ocupado com a placenta. Ele aguarda o útero contrair e expulsá-la e ajuda o processo mexendo um pouco no cordão. Quando a placenta por fim sai, fazemos a foto.
Sara, promovida ao posto de irmã mais velha, que acompanhou todo o parto e diz que foi a primeira a ver a irmã nascer, é chamada para cortar o cordão que havia parado de pulsar. Alice por fim pega na mama.
Quando a primeira hora passa, Alice é pesada e medida, e a pediatra lhe coloca roupinhas. Sara por fim então pode pegar a irmã no colo.
Eu estou cheia de energia, nem acredito que são 4h da manhã e eu não tenho sono.
Quando tudo termina, a pediatra me pergunta “para quem entrego?” e eu indico o pai. Nesta hora, a equipe inteira deixa a sala e eu fico sozinha, aguardando a enfermeira do hospital que irá me levar ao quarto. Fernando e Sara estão no quarto já.
Não sou mãe de primeira viagem, então eu sei que toda a atenção a gravidez é a respeito do bebê, e não da mãe. Nesta hora, estão todos em prol da bebê e eu já deixei de carregá-la, então posso ficar sozinha. Fiquei sozinha alguns bons 10 min: o suficiente reconhecer que a diferença de atenção que a mulher recebe antes e após o parto.
Quando chega a enfermeira do hospital para me levar ao quarto, lhe pergunto “você deve ver muitos partos por aqui, não? Com esta sala linda!”. Ela somente acena com a cabeça “aqui, somente cesáreas”.
Escrevo este relato com já quase 30 dias do parto. Neste meio tempo, pude ressignificar muita coisa que aconteceu em ambos os partos.
Lembro que no primeiro parto eu tive vários indicativos do médico de que eu talvez não conseguiria o parto normal que desejava. No meio da gravidez “seu quadril é estreito”. Deitada no centro cirúrgico, já anestesiada, “se não dilatar, talvez tenhamos que fazer uma cesárea”.
Saí do meu primeiro parto, que teve todo o rol de intervenções (descolamento de membranas, ocitonina, bolsa estourada pelo médico, episiotomia, fórceps), com a sensação de que tudo aquilo tinha sido necessário porque eu, por fim, havia “forçado” um parto normal que não consegui fazer.
Pois bem.
Entrei no hospital à 1h30 da manhã. Às 2h02 entrava na banheira, com 5cm de dilatação. Às 2h54, nascia Alice, num dos partos mais rápidos que a equipe viu.
Na semana seguinte, Rose veio fazer a consulta de pós-parto aqui em casa e me disse que “na hora da expulsão, nem parecia que você estava fazendo força. Era incrível olhar o seu rosto, você estava tranquila”.
Como a natureza é sábia e surpreendente, se ao menos nos damos a chance de escutá-la. Alice veio ao mundo exatamente quando quis, num ambiente morno e acolhedor e, por isso, veio bem e rapidamente.
Saí do meu segundo parto com a sensação de que sim, eu sou uma boa parideira.
Nunca a frase da Naolí, no Renascimento do Parto, fez tanto sentido para mim: “nós, mulheres, sabemos parir. Nós gostamos de parir”.
Dicas práticas
- Quem quiser o contato da equipe Maternalle, pode encontrá-los no Facebook.
- Todas as fotos do parto são da querida Natália Vian, que em nenhum momento “apareceu” durante o parto. Eu até fiquei em dúvida se ela estava realmente na sala de parto, de tão silenciosa e discreta que foi. Também é louvável a disponibilidade de aceitar um trabalho assim, tão em cima da hora, de uma mãe louca como eu, de madrugada, em outra cidade (ela mora em Encantado, RS).
- Em Lajeado, há um grupo de apoio ao parto humanizado chamado Nascer Sorrindo. Os encontros acontecem em um sábado à tarde do mês, você pode ver a agenda aqui. Eu considero que estes grupos de apoio são a coisa mais importante para a gestante que está decidindo o seu parto.
- Eu SUPER recomendo a enfermeira Rose, que atua com preparação pré-parto para famílias (incluindo cursos para avós!) e com apoio à lactação. É uma pessoa realmente muito especial, calma, tranquila e com conhecimento prático. Você pode falar com ela na página Cuidar e Nascer.
- Parto humanizado NÃO É parto normal, nem parto na água. Parto humanizado é parto em que os desejos da mãe e os melhores interesses do bebê são colocados em primeiro lugar. Pessoas que dizem que não querem um parto humanizado basicamente estão dizendo que querem ser maltratadas durante o parto. Se você pensa assim, informe-se.
- E para quem pensa “ai, tadinha da Sara passar por isso”: vou responder o mesmo que respondi quando falamos que iríamos fazer o sabático em família – não menosprezem as crianças. O momento mais emocionante da nossa família nos últimos anos foi o nascimento da Alice, no qual Sara estava inclusa, e não apartada. Ela fez e faz parte de tudo o que fazemos, seria completamente anômalo não estar conosco neste momento.
Cris Querida
Lindo o seu depoimento.
O que mais me emociona, a Sara estar presente. Parabéns.
Cris, Fernando, Sara, Equipe e Alice. Vocês estão de Parabéns.
Que lindo, Cris! Só lágrimas aqui….
Que linda historia Cris, realmente motiva as mulheres a escutar a natureza nessa experiencia da maternidade, parabens!!!
Nossa que emocionante acho que mais mulheres deveriam fazer parto normal, adorei o relato. Parabens a voce e a equipe. Parabens Sara pela irmã. bjs