MÃE, ESTOU COM MEDO – ou, QUANDO DEIXAMOS DE ADMITIR NOSSOS MEDOS?

Trilha sonora: Esses dias, fui com a Sara a uma festinha de aniversário num buffet, desses bem equipados. Piscina de bolinha, airplay, videogame? Não, caro leitor: mini-barco viking, la bamba e torre. A mãe aqui quer ser legal e participar da vida da filha – apesar de morrer de medo de tudo isso – então entra no barco viking, fazendo cara de descolada. No meio … Continuar lendo MÃE, ESTOU COM MEDO – ou, QUANDO DEIXAMOS DE ADMITIR NOSSOS MEDOS?

Café com Bach: Por onde começo?

Outro dia fui ao museu com minha sobrinha. Ela nunca tinha ido a um museu. Havia uma exposição dos artistas (avô e neto) Manabu e Dan Mabe, e ficamos brincando de adivinhar o que os pintores quiseram dizer com cada quadro. Às vezes era fácil, às vezes mais difícil e era preciso olhar bem. Nem sempre acertávamos, claro, mas nos divertimos muito. Pensando bem, essa … Continuar lendo Café com Bach: Por onde começo?

POR QUE SOMOS TÃO LIGADOS À CULTURA CORPORATIVA?

Fui dar uma palestra esses dias.

Estamos passando por um período sabático, o que não significa necessariamente não trabalhar. Significa repensar. Viajar, estamos viajando neste exato momento, e repensar. Testar novas possibilidades. Pensar um pouco no que nos faz feliz. Descobrir o que é isso. Aventurar-se por outras possibilidades de trabalho.

Ao fim da palestra, a respeito de um dos temas da minha área profissional so far, duas pessoas me abordaram. Haviam gostado e queriam se candidatar a colunista do Food Safety Brazil. Começamos uma conversa muito animada, cheia de pontos interessantes, ambas estão fazendo mestrado, uma em sociologia da alimentação. A conversa ia ganhando o tempo do coffee break, e uma delas me pergunta: onde você trabalha? Eu disse: eu trabalho para mim! Então ela me rebateu: ah, sim, você é consultora.

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VIVENDO E APRENDENDO A PERDER

 Trilha Sonora

Eu passei no me primeiro vestibular quando tinha 16 anos e nem tinha cursado o último ano da escola. Passei em primeiro lugar para Direito numa Universidade da região. Nas férias de julho do ano seguinte, passei novamente, mas agora em 1º lugar geral da mesma Universidade – e ainda não havia completado o atual Ensino Médio.

Quando foi para valer, passei em 4º lugar para Engenharia na Federal e completei o curso em 2º lugar entre os meus colegas. Eu tinha certeza absoluta de que eu era a pessoa mais inteligente que estaria sentada em qualquer sala que estivesse.

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PEQUENO QUESTIONÁRIO PARA TESTAR A SUA AUTOCONFIANÇA

Quantas vezes você foi traído por alguém?

Por que você chegou à conclusão de que era uma traição?

Para você não confiar em alguém, o que esta pessoa precisa fazer?

Você gostaria que as pessoas ao seu redor fossem diferentes?

Quando as pessoas ao seu redor não mudam, você deixa de confiar nelas?

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Encontrando a beleza dentro do agreste – ou, O que você precisa para se localizar

Só quem se mudou 11 vezes vai entender o que eu digo: é difícil sentir-se parte. Quando você chega numa cidade nova, tudo é estrangeiro (não você, você é local). O resto todo, os semáforos, as árvores, a cor das paredes, a temperatura da cerveja, quantas vezes se brinda: tudo é estrangeiro.

O maior gasto de energia de um local em uma cidade estrangeira é em localizar-se. Morando, não viajando, o local precisa localizar-se o mais rápido possível, sob pena de passar a ser um estrangeiro em breve. Após 11 mudanças, sabemos como localizar-nos, mas às vezes, simplesmente, as coisas não vão como os nossos planos.

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INICIANDO UMA HORTA – ou, INICIANDO UM NOVO EU

Hoje meu corpo está cobrando o preço de muitos anos na frente do computador e nenhum exercício. Todos os músculos das minhas costas estão doendo, mais alguns da parte de trás do meu braço e descendo da minha bunda até o joelho também há dor. O pescoço mal baixa, tanta tensão acumulada aqui. Tenho bolhas nas duas mãos e ao lado das unhas das mãos há locais doloridos sem uma razão aparente.

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O DIA EM QUE A SARA COMEU MOELA – ou, QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE VOCÊ PROVOU ALGO NOVO?

Aqui em casa temos um combinado com a Sara: todo alimento novo ela tem que provar. E provar não é só encostar a língua, ou comer apenas 1 pedacinho. Provar é comer pelo menos uns dois bocados, de tamanho normal, que permitam a completa sensação do alimento: mastigação, sabores, odores, textura, deglutição.

Se ela não gostar, ok, não precisa mais comer. Naquele dia. Noutro dia, tentamos novamente. Foi assim com alface, grão de bico, tomate cereja. Vai sendo assim com qualquer outro alimento que ela considere novo. Ela foge ainda um pouco, mas de modo geral, prova.

Pois esses dias, na viagem ao Sul, paramos em Curitiba e, apesar da objeção dos nossos anfitriões ao restaurante, fomos ao Madalosso (para quem não conhece, teoricamente o maior restaurante da América). Geralmente, o Casal Cuore foge de tais emblemas, mas era uma segunda-feira, já era 13h e a Sara estava com fome. Madalosso foi a pedida em Santa Felicidade.

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Quer saber do que você é capaz? QUALQUER COISA

Você está dentro de uma caixinha e quer sair? Fica pensando que a vida que viveu até aqui é a que viverá até o final dos seus dias? Só se você quiser. Você, e eu, podemos qualquer coisa. Mude. Seja você mesmo. Vá atrás dos seus sonhos. Eu não lhe direi o que esta mulher fez, para não estragar a sua surpresa. Mas se ELA … Continuar lendo Quer saber do que você é capaz? QUALQUER COISA