Se você buscar no Google por “zona de conforto”, as 10 primeiras páginas listadas tratarão, exclusivamente, de como sair dela – e dos seus ditos “perigos”. O mito da zona de conforto pode ser visto em: a zona de conforto, 4 passos para sair da zona de conforto, os perigos da zona de conforto, coisas que não te dizem sobre a zona de conforto e por que sair da zona de conforto.
A julgar pela página de pesquisas do Google, é confortável para uma imensidade de autores, muitos deles psicólogos de profissão, escrever sobre a zona de conforto como uma instância perigosa, que deve ser combatida a todos os custos. Há também o viés profissional: se você se acomodar muito, está na zona de conforto. Se a empresa se acomodar muito, está na zona de conforto – para na sequência estar na de desconforto (até achei uma citação em uma das páginas acima, justamente sobre isso). Disse Steve Blank (quem?): Grandes empreendedores estão confortáveis para estarem desconfortáveis.
Eu também já sofri deste mal. Não da zona de conforto (que sou muito inquieta para essas coisas), mas de acreditar no mito da zona de conforto. Na minha primeira posição de gestão – que eu aproveitei com unhas e dentes para ser chefe, e não líder – eu achei alguma página obscura da internet falando que tínhamos que tirar as pessoas da sua zona de conforto para extrair o melhor delas.
Tomei o conselho em doses nada homeopáticas e pisei fundo: sob minha supervisão, não havia um colaborador que se sentisse realmente seguro. Todos estavam sempre esperando meu próximo passo. Todos entregavam o seu melhor trabalho, avançavam horas da noite para entregar uma planilha ou um relatório com menos erros – erros que seriam, um a um, excruciados no dia seguinte. Não houve uma das pessoas que trabalhasse comigo que não tivesse sido, de fato, tirado da sua zona de conforto.
Qual foi o resultado? A regional que eu supervisionava era exemplo para as demais. Tiramos do vermelho, em questão de meses, todas as unidades que capengavam na administração anterior. Implantamos a ISO 9000 em todas. Nas reuniões na Central, eu era aplaudida.
Contudo, alguma coisa estava errada. Um dia, cheguei a falar com a recrutadora que havia me selecionado. Não conseguia entender porque havia selecionado uma pessoa tão jovem, sem experiência na área, para uma tarefa tão complexa: administrar 8 restaurantes industriais, 120 funcionários. Aos 24 anos. Ela, satisfeita pelos aplausos que a sua contratada estava recebendo, me reafirmou: enxergamos algo em você.
Sim, havia algo em mim. Havia capacidade de ver o todo, de enxergar soluções criativas para problemas complexos, havia dedicação. Contudo, aos 24 anos, havia também muita imaturidade e autoconfiança demasiada. Havia, ainda, confiança nessas frases feitas de gurus da internet. Era só uma frase dessas pintar na minha frente, que eu me incorporava nela. É, o pensamento crítico veio bem mais tarde.
Foi por imaturidade e essa confiança cega que eu embarquei no mito da zona de conforto.
Mais coisas estavam erradas. A equipe, que se sentia bem a princípio, por ver suas unidades funcionando e dando resultado, começou a se desgastar. A rigidez com que eu os avaliava fazia aumentar a tensão comigo, e entre eles. Ver um funcionário chorando na minha frente, após um feedback, tornou-se corriqueiro. Quando convidei as lideradas diretas para um almoço na minha casa e apenas uma apareceu, eu comecei a abrir os olhos. Daí para a minha demissão, foram apenas alguns meses.
Foram precisos mais alguns anos para que eu finalmente amadurecesse, olhasse para mim, e tivesse uma visão mais compreensiva do mundo e das pessoas ao meu redor. Levou bastante tempo para eu ver que havia mitos nas diversas teorias da Administração. Coisas que eram simplesmente suposições, alardeadas aos quatro ventos como verdade. E que eu estava seguindo mais um deles: o mito da zona de conforto.
A ideia de olho por olho, dente por dente – que hoje vemos nos discursos de ódio contra adolescentes que cometem crimes, por exemplo – era muito arraigada. A tal meritrocracia, outra falácia vendida nas revistas de negócios, pressupunha que apenas os que entregavam eram louvados. Todos os demais, chutados para fora da sua zona de conforto. (Ah, e mesmo os que entregavam bem, e no prazo: coloque metas tão desafiadores que eles, também, saiam da sua zona de conforto. NINGUÉM pode estar na zona de conforto, dizem os gurus.)
O que parece não preocupar os gurus do “sair da zona de conforto” são os reflexos de VIVER FORA dela. O que parece não preocupar os gurus do “perigo da zona de conforto” é o que está por trás da nossa tão humana predisposição para encontrar, por fim, a nossa zona de conforto.
Ora, se é preciso tanto esforço para fazer as pessoas saírem da sua zona de conforto, será mesmo que ela é uma posição tão ruim? Vamos pensar nos nossos ancestrais. Isso mesmo, vamos falar sobre os homens e mulheres das cavernas.
Vamos dizer que você está lá na sua caverna, passando frio e fome (obviamente, uma zona de desconforto). Você tem um impulso natural para sair dela, não? Chama-se este impulso, na literatura mundial e tratados de psicologia de todas as regiões, de “barriga roncando”. Você vai atrás de comida.
Aí você, coberto de peles de animais, cabelão desgrenhado, unhas grossas, acha um campo de cenouras. Ao redor das cenouras, pequenos animais. Há um rio próximo. E uma nova caverna, inabitada (o mundo era um lugar não tão povoado naquela época). Onde você chegou, querido leitor, estimada leitora?
À sua zona de conforto! Olha que lindo, tem até coelhinhos saltitando ao redor.
Você se estabelece ali e tem comida, água e abrigo à disposição. Você não precisa mais lutar pela sobrevivência. Você está tranquilo. Pode dormir todos os dias, sabendo que no dia seguinte haverá suprimentos, ao menos, para as suas necessidades mais básicas: de fome e de sede você não morre mais.
E o que disse outro guru da Adminstração, Maslow? Que apenas temos desejos superiores quando satisfazemos necessidades mais básicas, não? Agora que você tem o que comer, porque está na sua zona de conforto, consegue se dedicar a outras coisas.
Talvez você construa uma proteção para a entrada da caverna (e inove, criando a primeira porta). Talvez você resolva trazer calor para dentro da caverna, e use pedras aquecidas na fogueira (e inove, criando o primeiro aquecedor/fogão). Talvez você queira melhorar as roupas que usa (e inove, criando as primeiras calças).
Não importa o que: de fato, na história da humanidade, o homem evoluiu quando estava na sua zona de conforto. O cérebro precisa ter suas necessidades básicas atendidas (fome, sede, segurança, proteção de intempéries, ponha aqui o que é básico para você), para se focar em novas atividades.
A questão é que o desafio atual é fazer a criatura sair da caverna.
Moramos, em grande parte, em cavernas luxuosas, com um rio que se abre toda vez que precisamos, um campo de cenouras e animais (já devidamente processados a tal ponto que nem reconhecemos mais a sua natureza animalesca) ao alcance das mãos, com infindáveis possibilidades de combinações alimentares. Controlamos o frio e o calor, evitamos a entrada de predadores com cercas altas e portões eletrônicos. Preenchemos o ócio que tanto conforto gerou vendo uma projeção infindável da vida dos outros na TV, computador ou celular.
É, é difícil tirar o vivente atual da sua caverna. Ela é perfeita demais para querer sair.
Então, as pessoas estão confortáveis. Estão em suas casas, com suas famílias, com seus animais e objetos estranhos que trouxeram de viagem. Estão felizes.
Qual seria a motivação para tal pessoa feliz trabalhar? Possivelmente, manter seu status quo – o conjunto das coisas que a faz feliz. Ela vai lá, trabalha tantas horas, recebe seu salário: status quo mantido.
Entramos numa era engraçada, contudo. Você não pode apenas fazer o seu trabalho e ir para casa. Não, na competitiva era pós-industrial, você deve SER o seu trabalho. Você tem que entregar mais, melhor, mais rápido. Você tem que se sobressair de toda a concorrência que os seus colegas – que estão tentando o mesmo – representa.
Na vida pessoa, é o mesmo. Você não pode ser feliz com o que tem, seja lá o que for. Tem que buscar sempre mais, comprar um carro novo a cada dois anos (ah, o velho consumismo), colocar os filhos em escolas caríssimas, para ter colegas que lhe deem vantagens no futuro (sim, eu ouvi isso de um pai numa pracinha esses dias. Não nos Estados Unidos, aqui mesmo no Brasil). E a moda do momento: tem que largar tudo e viajar o mundo. Virar um nômade digital.
Por trás de tudo isso, das coisas que atualmente você “tem que” fazer para se “sobressair”, sempre o famoso mito: a o mito da zona de conforto. DEUSULIVRE cair na zona de conforto.
Porque, né? QUEM vai querer uma caverna ao lado de um campo de cenouras com um rio ao fundo? Quem?
Assim, um após o outro, chefes e mais chefes caem nessa falácia – seja porque foram condicionados a ela por anos de subserviência a outros chefes crentes no mito, seja porque leram um dos gurus da Administração do momento.
Um após o outro, chefes tornam as vidas dos seus subordinados miseráveis – para “extrair o melhor deles”. Um após o outro, chefes caem nessa mentira. E esquecem uma coisa básica: estamos lidando com seres humanos.
E seres humanos são essas criaturas complexas, cheias de facetas, em que se pressiona um lado e tem-se implicações em múltiplos. Seres humanos têm uma coisa chama de estreitamento de foco.
Quando nos vemos numa situação de risco, em que sentimos medo (medo de qualquer coisa, de altura, de barata, do chefe começar a gritar, de perder o emprego, você entendeu), não pensamos mais claramente. Não usamos mais a complexidade e multiplicidade do nosso cérebro para encontrar a melhor solução para sair daquela zona de desconforto.
Não – nós estreitamos o foco e vemos apenas uma solução pela frente. Que seja correr. Que seja gritar (pela barata, faz sentido gritar ao ver uma mísera barata? Claro que não). Que seja sacrificar a vida pessoal e entregar o trabalho no prazo absurdo que o chefito pediu – para então ter um colapso nervoso ou entrar em depressão alguns dias depois, comprometendo todo o resto do trabalho a ser feito.
(E isso não é só blá-blá-blá de escritora. Também não é mito de administrador. O estreitamento de foco é uma teoria da psicologia que tem AMPLA comprovação científica.)
Ou seja: eu, quando assustava meus colegas tentando tirá-los de sua zona de conforto, acabava, por fim, tirando apenas uma das possíveis soluções criativas que suas mentes poderiam me oferecer. Eu recebia justamente o INVERSO do que estava querendo.
Queria tirá-los da sua zona de conforto para que não fossem acomodados e entregassem mais no trabalho e, olha só: eu recebia MENOS.
Bem feito para mim que acreditei em tantos gurus. Bem feito para os chefes que até hoje ainda acreditam nessas falácias modernosas de administração e continuam a criar um ambiente de insegurança. Bem feito para as empresas que julgam que todos devem estar correndo – como formigas – para que elas próprias tenham sucesso. Todos colhem exatamente o oposto do que pretendiam no plantio.
Agora vocês irão me perguntar: “mas, Cristina, você não fala o tempo todo para nos desafiarmos?”.
É verdade, falo sim. E continuo falando.
A questão da zona de conforto é que somente o vivente pode decidir a hora e o quanto sair dela. Eu posso lhe estimular a sair, lhe dar ferramentas, propor que faça uma viagem e a use como ponto de partida para encontrar uma nova zona de conforto, mais confortável do que a atual para você.
O problema é quando alguém decide tirar você da sua zona de conforto. O problema é quando uma organização decide que já é hora de fazê-lo desconfortável para que você se torne mais produtivo. Aí, meu querido leitor e minha estimada leitora, só há um sentimento gerado.
Medo.
Você até pode chamá-lo de outros nomes: motivação, ansiedade, angústia, determinação. Mas é tudo medo. É o homem e a mulher com medo de que lhe tirem a caverna quentinha ao lado do campo de cenoura, com o rio ao fundo.
Entende? Somente eu posso decidir a hora de sair da minha zona de conforto. Quando eu decido que é hora de encontrar um novo significado na minha vida, EU saio desta zona de conforto tranquilamente – igual o nosso ancestral que partiu da caverna fria. Não há esforço, medo, nem desespero nisso. Há apenas o desejo que vem de dentro de buscar coisa nova.
Uma última reflexão: não é na zona de desconforto que nos desenvolvemos. Podemos nos desafiar, sair da caverna, dar tudo de nós – mas precisamos voltar para o conforto, pacificar e aquietar a mente, para que nos desenvolvamos.
Pense: não existe solução pacífica num campo de guerra. Existe apenas matar, ou morrer. É por isso que as soluções diplomáticas não se fazem em campo, e sim em gabinetes e salas de reunião. Uma solução pacífica (e criativa) para um problema sério precisa de CALMA e PAZ para surgir.
Quando tornamos as pessoas ao redor de nós desconfortáveis, estamos focando naquilo que elas não têm de melhor para oferecer. Por que exigir que alguém que seja excelente em liderança também tenha habilidades com planilhas de custo? Por que esperar que a pessoa supercriativa e inovadora seja também altamente focada? Por que esperar que alguém com mente lógica e inclinada para números seja também a mais social da equipe?
Por que, ao invés de deixarmos todos esses profissionais desconfortáveis por não serem bons em algumas facetas do que a empresa precisa, não esquecemos desse mito da zona de conforto e focamos em fazê-los trabalhar – confortavelmente – em grupo?
No fim, querido colega e estimada leitora, eu aprendi a minha lição. É só no conforto e no estímulo gentil e cuidadoso que podemos fazer as pessoas ao nosso redor brilharem.
Inclusive nós mesmos.
Quer ler um pouco sobre como estimular uma mente criativa? Saiu um artigo na Harvard Business Review no ano passado, trazendo o que há de mais moderno na pesquisa científica a respeito. Tá aqui.
Tem mais artigos sobre Carreira aqui no blog. Dá uma olhada aqui.
E eu quero saber de você, caro leitor e estimada leitora: já achou a sua zona de conforto?
Estudar em uma escola boa para no futuro ter colegas que possam dar vantagens si? É isso que um pai ensina? A humanidade está perdida.
é, minha querida, se você morasse numa cidade pequena, em que parte do sucesso está relacionada às alianças do tipo “uma mão lava a outra”, talvez entendesse mais.
eu fiquei chocada. o pai reconheceu que a escola é RUIM em inserir novos coleguinhas (havia dois que, há 6 meses, ainda não haviam se integrado – e a culpa era das crianças novas, de 5 anos), mas que ela seria MUITO BOA para o futuro do seu filho.
Quem for de Lajeado, a votação tá aberta: que escola é?
Tem uma reflexão muito sábia neste texto: que apenas temos desejos superiores quando satisfazemos necessidades mais básicas. Para evoluir, uma base sólida tem que estar estabelecida. Também já ouvi que a zona de conforto é a zona de excelência onde uma pessoa opera, onde ela oferece o que tem de melhor.
Contudo, devo compartilhar que pessoas que mais me ajudaram a evoluir não foram as mais legais, foram justamente as mais críticas, que me chacoalharam. Tirar as pessoas da zona de conforto é absolutamente necessário para uma mudança (espera-se que para melhor). Não acho que seja um mito. Errado é o COMO fazer isso. Desestabilizar um colaborador ou amigo e “plantar o terror” não são métodos válidos.
Tem pessoas esperando, precisando que digam a elas o que fazer (ex: vou fazer uma pós que todo mundo na empresa faz) e preenchê-las com um desafio/estímulo COMPATÍVEL com suas ambições e habilidades pode ser de grande contribuição.
sim, acho que a chave está no “estímulo compatível”: se você é líder, pode sim estimular seus liderados.
o problema, a meu ver, é como ler a coisa. Vemos ZONA DE CONFORTO e podemos pensar em “sair dela” ou “tirar dela”. Há uma diferença, não?
Se você reconhece a sua zona de conforto em algum aspecto da sua vida, e decide “sair dela”, faz o movimento de forma orgânica, pacífica. pode até se estressar no caminho, mas a decisão foi sua, o poder está na sua mão, e só você decide o quanto ou onde ou até que ponto fazer.
Agora, tem muita gente por aí – e daí a questão da liderança se impõe, porque um chefe tem “poder” sobre os seus subordinados – que entende o “tirar dela”. E faz isso até que a pessoa de fato saia, e se sinta desconfortável, e comece a “subperformar” (anglicismo detected kkk). Quando alguém decide que é hora de tirar VOCÊ da SUA zona de conforto, ela simplesmente obterá o efeito justamente oposto do que deseja. Porque instituiu o medo.
É diferente, muito diferente, de uma liderança pacífica e estimuladora, que enxerga o potencial do indivíduo e O estimula a sair da sua zona de conforto através de decisões que somente cabem a ELE.
Por isso, pelo menos na administração, deveria sim ser tratado como mito. Porque, se estreita o foco e faz a pessoa entregar menos e pior do que poderia, COMO poderia seguir sendo uma teria válida?
Cristina, ainda bem que li o Artigo até o final.
Não estava concordando com as suas colocações, mas, surpreendentemente, no final, você falou exatamente o que eu penso sobre o assunto.
Gostei!!!
Parabéns!
Oi, Regison! Estou vendo pelo seu e-mail que você trabalha com coaching, que bacana!
Adoro esta abordagem que faz que o indivíduo vá atrás dos seus contornos e busque o que é melhor para si 😉 fique conosco, vem mais aprendizados de viagem pela frente.
Oi Cristina, sou um leitor de primeira viagem (esse foi o primeiro post que li por aqui) e fiquei bastante satisfeito com o que li.
Quando pesquiso sobre zona de conforto sou sempre aconselhado a assumir uma posição agressiva contra ela e lutar para permanecer sempre fora.
Recentemente assisti um video no TED.com sobre procrastinação e criatividade, e o palestrante fala, basicamente, que é possível ser mais criativo e ampliar o espectro de opções para resolução de problemas quando procrastinamos de maneira saudável. Ele explica como fez o estudo dele no video. 😉
Acho que (pelo o que li e pesquisei na net) um procrastinação “saudável” só é alcançada quando se está numa zona de conforto. Por isso cheguei aqui! 😉
Adorei sobre sua posição quando aos Gurus de Internet e sobre a necessidade de ser mais crítico quanto ao material disponível hoje.
Adorei esse espaço. Já estou indo procurar mais coisas por aqui. Abraços e continue com o excelente trabalho. 😉
Oi, Uilian, que bacana seu comentário! Coloca esse link do TED aqui? Eu vejo que essa coisa de produzir, produzir, produzir, talvez atenda a algum interesse, mas não aos seus. Eu acho que TUDO o que fazemos deve estar na nossa zona de conforto: e hoje foi lançar um texto sobre como tratar o período após a sua demissão dentro dela 😉 fique por aqui!
Sensacional. Nunca concordei com esse assunto de zona de conforto.