COMO UMA PRAIA NO PARAÍSO PODE SER MÉDIA? QUESTÕES DE COPO CHEIO, VAZIO E A NOSSA FELICIDADE

“É apenas uma praia média. Sacos plástico boiando, comida mais ou menos, água muito quente. Você não perdeu nada não indo. Bem, foi legal poder atravessar caminhando de uma ilha à outra, e a gente fez um pouco de canoagem – mas foi isso. Dormir no barco deve ter sido bem melhor”. Realmente, diversas vezes é melhor ser surdo. Ou não entender inglês. Estamos no … Continuar lendo COMO UMA PRAIA NO PARAÍSO PODE SER MÉDIA? QUESTÕES DE COPO CHEIO, VAZIO E A NOSSA FELICIDADE

MINHAS IRMÃS SÃO “LÉSBICAS BEIJO NO OMBRO PRO RECALQUE”

Minha irmã do meio nunca gostou de bonecas (nem eu). Ela também não ligava muito para batom, maquiagem, “se arrumar” – da nossa infância, a memória constante era dela pedindo carrinho atrás de carrinho. Acredito que, após anos de tentativas frustradas, nossos pais simplesmente cederam ao óbvio: para agradar à filha mais nova, carrinhos eram o presente ideal. Tínhamos uma turma enorme no prédio em … Continuar lendo MINHAS IRMÃS SÃO “LÉSBICAS BEIJO NO OMBRO PRO RECALQUE”

A SÍNDROME DO FILHO DO PAI BRAVO – ou, GENTE QUE SE FAZ DE VÍTIMA PARA PASSAR BEM

Você conhece gente assim. Fala sempre num tom de voz agradável. Uma capacidade imensa de articular-se entre um grupo e fazer seus desejos realizarem-se. Trabalha muito, apresentações perfeitas, incansável. Nunca diz não a um projeto, sempre disponível para absorver um pouco mais de trabalho. Uma pessoa perfeita. Até que começam a chegar notícias das articulações. Dos jogos. Até que se percebe que assumir responsabilidades por … Continuar lendo A SÍNDROME DO FILHO DO PAI BRAVO – ou, GENTE QUE SE FAZ DE VÍTIMA PARA PASSAR BEM

VIVENDO E APRENDENDO A PERDER

 Trilha Sonora

Eu passei no me primeiro vestibular quando tinha 16 anos e nem tinha cursado o último ano da escola. Passei em primeiro lugar para Direito numa Universidade da região. Nas férias de julho do ano seguinte, passei novamente, mas agora em 1º lugar geral da mesma Universidade – e ainda não havia completado o atual Ensino Médio.

Quando foi para valer, passei em 4º lugar para Engenharia na Federal e completei o curso em 2º lugar entre os meus colegas. Eu tinha certeza absoluta de que eu era a pessoa mais inteligente que estaria sentada em qualquer sala que estivesse.

Continuar lendo “VIVENDO E APRENDENDO A PERDER”

FAÇA, SEM MEDO DAS CRÍTICAS

Certamente, à luz da história, é mais inteligente ter esperança do que ter medo, tentar do que não tentar. Porque uma coisa sabemos sem sombra de dúvidas: nada foi um dia alcançado pela pessoa que diz, “não pode ser feito”.

You learn by living, Eleanor Roosevelt, 1960

 

Críticas são instrumentos poderosos. Incrível como a menor dúvida sobre a nossa capacidade de fazer algo põe em jogo todo o futuro deste projeto.

Dias atrás, uma amiga me pergunta: será que me inscrevo nesta seleção? E se não passar? Terei que conviver para o resto dos meus dias, até que todas as geleiras elevem os oceanos e que os oceanos por fim sequem de calor, até que as cinzas deste Planeta caiam sobre os últimos resquícios do Universo, até que não exista mais nada novamente, a não ser vácuo, com a memória de que não sou tão boa quanto eu penso.

Eu disse a ela: faça, sem medo das críticas.

Continuar lendo “FAÇA, SEM MEDO DAS CRÍTICAS”