O problema de viagens que duram mais de 5 dias é que lá pelas tantas viajar não é lá mais algo novo. Veja bem, lá pelo 15º dia de viagem, tudo o que você tem feito nas últimas duas semanas é justamente… viajar. Concorda que deixou de ser um fato novo na sua vida?
Foi com esse espírito cansado de guerra que chegamos a Cuzco – talvez apenas ainda impelidos pelas (caras) passagens já compradas, Machu Picchu e a cerveja Cuzqueña. Tá bom, um pouco animados, mas já bem cansados.
O vôo é surpreendente – mesmo com um pouco de turbulência sobrevoando o Andes e a guinada radical que o capitão faz chegando ao aeroporto (e que fez metade do avião dar um gritinho de susto que nos assegurou que não éramos os únicos no barco do medo) – picos nevados abundam, lagos azul turquesa, rios aprisionados por montanhas…
Cuzco seria base para as nossas peripécias pelo Valle Sagrado caso não (felizmente) houvéssemos por fim decidido seguir caminho para Ollantaytambo. Mas de lá conhecemos Pisac, Andahuaylillas, Huaro, sempre de transporte público – e, é claro, conhecemos Cuzco. Só que, depois de dias e dias viajando, Cuzco foi conhecida espontaneamente – sem obrigações.
Foi de bom tamanho para finalizar uma viagem incrível pelo Peru.