Quando fui a Veneza pela primeira vez em 2008, quase ao fim de um giro de 32 dias com uma amiga pela Europa, jurei para mim mesma (e para ela) voltar com um namorado. Queria estar ali com alguém com quem beijar, queria fazer fila com os outros casais para andar de gôndola. Queria brincar de veneziana e entrar em todos os bàcaro que houvesse pelo caminho, queria tomar todo o vinho do mundo e ficar balançando os pés num final de rua, comendo pizza na mão.
Voltando ao Brasil, descobri que outra grande amiga é apaixonada por Veneza. Volta para lá quando pode, já esteve mais de 4 vezes, e diz que quer alugar um apartamento e ficar morando, para sentir-se veneziana completa. Somos duas enfeitiçadas por Veneza.
6 anos depois, o sonho estava para ser concretizado. Desta vez, deixando Veneza para o fim, como a cereja do bolo, para não ocultar Roma como da outra vez (antes, tudo depois de Veneza não era Veneza). Desta vez, ficando 4, e não apenas 2 dias.
Com um único senão: não era meu namorado que ia junto a mim, mas meu marido, e não estávamos mais naquela fase só love, só love de ficar de mãos dadas. E a nossa filha, de 3 anos, ia junto, para aumentar o romantismo. Num carrinho de bebê e mamadeira.
Pois não é que foi um destino perfeito em família? Veneza tem tudo: tirando as pontes, a cidade é 100% carrinhável, está cheia de atrações que divertem a criançada, há virtualmente um restaurante em cada esquina. E de quebra, é uma cidade super segura, em que se caminha até a noite sem problemas e a cena noturna começa cedo, umas 17h30. Ou seja: deu para realizar o sonho e, de quebra, divertir-se com a Sara caçando pombos, andando de barco até Burano ou simplesmente sentindo o vento no topo do Campanário.
A Sara amou Veneza: hoje aos 4, é uma das únicas cidades da viagem de que ela lembra com nitidez, por causa dos barcos.
Alguns conselhos práticos para quem vai:
- Hotel tem que se perto da ferrovia, a não ser que você pegue um barco até ele. Carregar as malas por toda Veneza não tem glamour nenhum, amiga e amigo. O nosso hotel foi este aqui (e foi o mesmo em que eu me hospedei com a amiga em 2007), nos deram um quarto super legal, com vista para a praça, recém-reformado. Super indico, bom preço! O hotel também tem esquema de quartos compartilhados para quem se interessa.
- Ficando neste hotel, estamos ao lado do Gueto Judeu que, além das histórias de dar frio na espinha, também é casa da padaria Majer onde íamos tomar o nosso café-da-manhã todos os dias. Uma delícia.
- Novamente, decidimos não ir a MURANO e sim a BURANO. É, parece a mesma coisa, mas MURANO é a dos vidros e BURANO a das casinhas coloridas de pescadores. Já tinha amado Burano na viagem anterior – e continuei amando nesta. Como uma cidade pesqueira, Burano também tem tradição de rendas: compramos um vestidinho para a Sara e uma toalha de mesa, muito lindos.
- Apaixonamo-nos pelo restaurante Il Paradiso Perdutto, que era convenientemente próximo ao hotel: almoçamos lá no primeiro dia, e o astral, obras de arte, tudo, nos emocionou.
- Bàcari: o que dizer de uma cena gastronômica que incita as pessoas a procurarem seu bar de coração, que começa às 17h, 17h30 e que você faz a pé? Talvez apenas que eu não poderia morar em Veneza, sob risco de gastar toda a nossa grana em bar. Amamos os mais típicos, o super antigo, o de rock, o bem pertinho do hotel com chichettis fantásticos, o que era ao lado de Rialto e a comida era grátis. TUDO é bom.
- Fui pela segunda vez ao Palazzo Ducale e à Basílica de San Marcos e não me arrependo. Sem dúvidas os lugares mais incríveis da viagem, e que valem o seu tempo (e dinheiro).
Sem mais delongas, vamos às fotos!
Conhecemos uma pequena parte da Itália, mais não fomos à Veneza.Minha vovó materna nasceu em Veneza.Tenho muita vontade de conhecer cada pedacinho de Veneza .Tudo que vc postou de Veneza é muito lindo! Doce! Encantador,assim como era a minha vovó.Um super beijo e continuo seguindo o casal chore com muito carinho.Bjusss
Obrigada pelas palavras, Mara! Sim, Veneza é um encanto – e o post um convite para vocês voltarem 😀