MENOS EGO – MAIS ALMA

Há alguns anos, voltando de um almoço com o pessoal do trabalho, comentei que qualquer carro acima de um Fusca – ou vá lá, não sejamos tão radicais, acima de um Palio/Uno/Celta/Gol básico com direção e ar – era status. Qualquer um deles te levariam de um lugar ao outro, ou seja, todo o resto é status.

Fui execrada: “como assim? Compramos carros pelo conforto, e pela potência, e porque são bonitos, e porque isso e aquilo”. Estava de carona num carro que não era um Palio, achei melhor ficar quieta.

Anos depois, fui trabalhar em outra empresa que não tinha carro como benefício para Gerentes. Em casa tínhamos um Gol simples, e ele estava dando sinais de cansaço: precisávamos trocar. Pois bem, fiz o Casal Cuore comprar um “carro de Gerente”, dizendo à minha outra metade que precisávamos do espaço interno. Acho que nem eu acreditei nisso.

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AS CAIXINHAS EM QUE AS EMPRESAS NOS COLOCAM

Quando eu me inscrevi no vestibular, peguei todos os cursos da UFRGS, risquei aqueles que não me interessavam (tipo Medicina, Matemática e Geologia) e fiquei com alguns para escolher. Ficaram na lista: Engenharia de Alimentos, Ciências Sociais, Direito, Jornalismo. Tal era a minha vontade de ter um emprego, que eu escolhi uma Exata no meio de um montão de Humanas, pois era o que me parecia com maior potencial de emprego.

Bem, mas Engenharia de Alimentos foi eleita, e não era um curso anômalo para mim também: havia um pouco de tudo, mesmo Humanas, no currículo. Formei-me e na sequência vieram o primeiro, segundo, terceiro e quarto empregos. Já se vão quase 15 anos de formatura, e um emprego seguiu o outro, numa fúria constante para não ficar desocupada.

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