Desta vez decidimos fazer tudo diferente. Não queremos ter uma montanha de coisas a encaixotar, nem uma montanha de coisas a desencaixotar. Vamos vender tudo o que não for plantas, livros, CDs, móvel de família e a cama da Sara. E sabe qual foi a revelação?
Não doeu nem um pouco.
Nem um tiquinho.
Acontece que o nosso processo foi o inverso. Começou desapegando-nos daquelas noções preconcebidas de segurança: emprego, casa própria, rotina. E suportar qualquer coisa para manter estes 3 pilares.
Parece que a vida acontece em grandes símbolos, pois assim foi: a primeira venda foi a minha cama. A cama em que eu dormia com o Fernando e depois com a Sara. O grande símbolo da mudança que o Fenando trouxe à minha vida, pois ele exigiu que trocássemos o colchão velho de mil anos por um novinho em folhas. Foi lá em São Paulo, chorou um monte e conseguiu um colchão por um preço incrível – mais tarde eu saberia que pechincha foi a primeira palavra que ele falou. A primeira coisa que fiquei sem foi minha cama, já num preparativo desses – ficar sem cama, sem casa, sem apego.
Talvez você tenha visto o nosso Bazar no Facebook. Talvez tenha até nos ajudado a descarregar-nos de algumas coisas. Vai lá, ainda temos coisas a vender.
E o resultado deste Bazar: chegamos na casa com um caminhão truque cheio e saímos com um toco sobrando espaço. E muito, muito mais leves.
5 comentários sobre “Desapego – ou, o Grande Bazar via Facebook para se livrar das tralhas.”