Esta é uma das minhas receitas favoritas, e é super rápida – quando faço, normalmente o pessoal se espanta: mas já tá pronto?
Vou deixando registrado que ela leva um monte de gemas, e que você vai ter que se virar com as claras. Eu não gosto de clara cozida, muito menos de omelete de claras, e não gosto de fazer doces. Ou seja: depois das primeiras 10 vezes em que congelei as claras para usar depois e nunca soube onde, hoje as claras acabam indo para o lixo.
Isso mesmo, aqui não é aula de economia doméstica.
Bom, começo com os ingredientes: ovos, bacon, alho, queijo ralado, creme de leite e pimenta preta.
Creme de leite, quando mais gordura melhor, né? Compra o de 20% ou mais, se encontrar. Se você estava pensando em emagrecer, nem usa. Compra leite que só tem 3% – mas nem continua lendo que isso aqui não é para você.
Para esta receita, 1 caixinha de creme de leite.
Continuando: bacon. Eu gosto de um bacon com o máximo de carne que achar – porque gosto de morder e do sabor da carne. E ponho um monte de bacon.
Ovos: conforme o número de pessoas, o número de ovos. 2 pessoas, eu coloco 4 gemas. As fotos desta receita foram tiradas numa reunião de 7 adultos – coloquei 7 gemas.
Lógico assim.
Alho coloco por minha conta e risco, a receita original não pede. Um monte de dentes.
Queijo ralado, uns 100g. Compra um bom ou rale, que é melhor. Confia em mim – melhor você ralar seu queijo.
Pico tudo. Separo as gemas. Coloco o creme de leite, o queijo ralado e a pimenta preta nas gemas, e faço uma gosma amarelada. Tem que ficar amarelada, se não, o gosto será apenas de bacon e creme de leite.
E você quer um sabor delicioso de gema mole com bacon, pimenta preta e queijo.
Ah, esqueci. Enquanto isso, a água da massa vai esquentando. Quando ela ferver, coloco sal e adiciono a massa. Gosto daquelas massas caseiras – calculo 2,5 ninhos por pessoa.
Numa frigideira, frito o bacon em um pouco de óleo e depois coloco o alho. Deixo ele fritar sem queimar. Quando está tudo bem fritinho, mas ainda sem queimar, apago o fogo.
Basicamente, já está pronto.
É só esperar a massa cozinhar (eu gosto de ir provando, não confio nessas coisas de tempo e balança), escorrer. Voltar para a panela quente.
Misturar o bacon e o alho.
E então: a parte mais importante. Fogo desligado. Colocar a gosma amarela de gema e queijo. Com uma colher grande, mexer rapidamente e deixar que o calor da massa cozinhe levemente o molho (não se preocupe, a Salmonella morre nesta temperatura).
Aqui, mexer e usar temperatura mais baixa (fogo desligado) são cruciais para não acabarmos com uma omelete com massa.
Cansei de ir em restaurantes e ver “massa à carbonara” como abaixo. Pelotas de ovo coaguladas, com uns bacons murchos espalhados. Eca!
Massa à carbonara tem que ter molho cremoso, untuoso, aveludado, pontuado aqui e ali por uns pedaços de bacon frito.
E agora: é colocar o pessoal na mesa, abrir o vinho, se servir e comer rápido! Essa massa não espera por ninguém, é melhor comer logo que fica pronta para o molho não secar.
Então, meu querido leitor, era isso.
Massa à Carbonara, estilo livre, para você se esbaldar no final de semana e arrasar no modelito chef viajado!
ps.: já viu como eu faço pão?