Você se lembra da sua primeira viagem?
Talvez tenha sido na infância: uma viagem de 1200km de carro, seus pais na frente e um calor de verão no banco de trás. Parando a cada 300km numa cidade diferente, sentindo-se especial, diferente, único ou única?
Talvez na adolescência, seu grupo de amigos, todos num ônibus, destino à praia mais próxima, 15 garotos e garotas apinhados numa pousada que nem ventilador tinha. Todo mundo sobrevivendo a pão com maionese por 4 dias e achando que, definitivamente, aquela era a melhor experiência do mundo.
Talvez tenha sido já na vida adulta: uma passagem na mão, um sonho na cabeça, alguns trocados no bolso, muito medo, expectativa de finalmente conhecer o mundo. Quando pisou do lado de lá, teve certeza de que nunca mais voltaria a ser como era antes.
Eu me lembro bem de todas as minhas viagens: de idas à praia a um sabático de 111 dias pela Ásia em família, a minha vida pode ser contada pelas viagens que fiz a cada ano. Como viajei, com quem viajei, para onde fui, quando voltei – são todos indícios de quem eu era naquele momento.
Quem eu era mudou a cada voo de volta, a cada mala a ser desfeita, a cada passagem de retorno que tinha que ser comprada. De mudanças triviais, como a cor do cabelo ou o tipo de roupa, a outras bem grandes, como a tentativa de se desapegar das coisas materiais, as viagens sempre tiveram papel crucial no processo.
Olhe ao meu redor, e você verá claramente quem são os viajantes: gente que tem um horizonte amplo, não se limita com o hoje, parece saber que existe um mundo muito maior à sua disposição e que estamos em constante mudança.
Se mudamos tanto quando viajamos, por que não usar as viagens com o propósito fundamental de mudança? Por que não fazer o inverso: ao invés de mudar porque se viajou, viajar para mudar.
Proponho que você viaje para relaxar, para conhecer novas terras, para sair da rotina, para esquecer dos problemas, para ver algo maravilhoso, para se divertir.
Mas eu também proponho que você use os seus dias livres para se transformar.
Aproveite este tempo fora da rotina para olhar para dentro de si. Aproveite que você tem tempo em mãos e faça desta uma experiência transformadora.
Você pode mudar de várias formas – mas quer jeito mais gostoso do que viajando?
Viajar e aprender a conviver com várias pessoas de vários temperamento e todo tipo de humor, pessoas várias idéias e experiências eu sou guia de turismo no ( parque nacional dos lençóis maranhenses) e tenho várias experiências com pessoas de todo o mundo. Viajar e receber viajantes e uma experiência maravilhosa…
Uauuuuu, que experiência: visitar regularmente um dos lugares mais incríveis do nosso Brasil, e ainda viajar com todos os turistas que aportam por ali!
Saber entender e ligar com todos os humores é uma arte, hein?
Cristina, recém descobri este teu blog e estou encantada. Também acredito que viajar seja uma das experiências mais transformadoras que alguém pode ter. Nasci no interior do TO e fui criada no interior do PA (quando falo interior, é interior mesmo), no entanto, desde muito cedo eu tinha uma inquietação dentro de mim e fazer a minha primeira viagem foi o suficiente para saber que essa inquietação era porque havia um mundo inteiro, enorme e maravilhoso por conhecer. Tenho 37 anos, já tive o privilégio de estar em sete países diferentes e na volta de cada uma dessas viagens, assim como vc e qualquer outro viajante, eu me sentia outra pessoa e cada vez mais inquieta. Ano passado estive no Peru, foram os 11 melhores dias do meu ano de 2016. Este ano não poderei viajar pra fora, mas pretendo ler cada letra deste blog e viajar junto com vc por todos esses lugares maravilhosos. Sou sua nova fã. Obrigada por compartilhar esses momentos e lugares. Você me inspira!
Marciania, que comentário mais especial. Você sabe que dei um tempo aqui no blog nos últimos meses, mas começaram a aparecer pessoas como você comentando, curtindo, compartilhando suas experiências. E aí eu pensei: tenho que continuar. Tenho que achar um tempo na minha vida para manter este blog aceso.
Queria que soubesse que foi minha grande inspiração para voltar a escrever.
Nunca escrevi num blog
Mas a história da viagem de carro com os pais parando no caminho durante dias e semanas,abriu meu tesouro “minhas viagens..”
Linda experiência de escrever sobre
Algo tão intimo e tão compartilhável!
Confesso que vivi entre uma viagem e outra sempre ,e ainda vivo assim.
Parabéns pelo blog!
Incrível seu blog. O melhor ! Te escrevo direto de uma viagem, que se aproxima do fim. Saudações vietnamitas
Bjs
Denilson
Poxa, muito obrigada pelo comentário! O blog anda meio devagarinho atualmente, devido ao Sra Inovadeira, mas quem sabe eu me animo a escrever mais? Tem muita viagem para contar, nem chegamos no Cambodia ainda por aqui!