O QUE FALTA NO BRASIL ALÉM DE FISCALIZAÇÃO

Em certa empresa na qual trabalhei, havia um caminho longo entre a portaria e o estacionamento. Admitia-se que os funcionários adentrassem com seus carros, e havia placas claras sinalizando a velocidade máxima permitida: 20 km/h. As placas estavam lá quando entrei e continuavam lá quando fui embora.

Quase ninguém respeitava: auxiliares, líderes, supervisores, coordenadores, gerentes avançavam como se desrespeitar aquele limite nos seus 20 m causasse alguma diferença no tempo que levariam para chegar a seus destinos. Muitas vezes tido como aquele a dar o exemplo, o próprio diretor era um dos mais velozes.

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Nem todo mundo faz arroz do mesmo jeito – ou, Como criar filhos

Descobri ontem que nem mesmo na minha família, que teoricamente me ensinou a fazer arroz, fazemos arroz do mesmo jeito. Eu gosto de picar o alho, a cebola, refogar ambos, fritar o arroz, colocar água quente até 1 ou dois dedos acima da linha do arroz, esperar ferver novamente, baixar o fogo, cozinhar até crepitar, desligar o fogo e tampar. Deixar o arroz terminar o cozimento no próprio bafo. Minha mãe faz quase igual, mas prefere sem alho e cebola. E meu pai faz quase igual, mas sem alho e cebola – e cozinha até o final com o fogo, o que faz ele precisar de mais água e possibilita um arroz menos solto.

Os japoneses fazem arroz naquelas panelas elétricas, e o intuito é deixar grudento mesmo. Minha mãe odeia arroz japonês, pois diz que é empapado. Não importa dizer que tem que ser assim, para os propósitos a que serve – ela somente odeia. Com a internet e a TV por assinatura, e os trilhões de programas de TV que mostram comidas de outras culturas, já vi que tem um método que inclui escorrer o arroz. Sim, tipo massa.

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