SER O QUE SE PREGA – NEM QUEM ENSINA ÉTICA DÁ EXEMPLO HOJE EM DIA

Uma amiga tinha como Diretor um cara daquele Movimento do Triângulo. Sabe? O que só vai se apresentar quando você estiver preparado? A Igreja Misteriosa. Carro adesivado para mostrar que é um ser iluminado, papo sobre energia, vamos os abraçar, cantar Kumbaya, pensar no mundo e o escambau. Ela adorava o Diretor. Foi transferida de área, promovida, recebeu aumento, ganhou curso de liderança caríssimo – … Continuar lendo SER O QUE SE PREGA – NEM QUEM ENSINA ÉTICA DÁ EXEMPLO HOJE EM DIA

COMO MANTER A AMAMENTAÇÃO APÓS VOLTAR AO TRABALHO

A Sara nasceu de parto normal e logo foi exposta ao seio. O médico falava “que maravilha a Natureza, que maravilha!”.

Não poderia imaginar que um bebezinho pudesse ter tanta força – lembro de mostrar a uma amiga quão fortemente ela sugava o meu peito, para espanto meu e dela, ainda na maternidade. Parecia que a maravilha iria continuar – mas não foi tão maravilhoso assim quando chegamos em casa.

Não tinha me dado conta que ela não estava abocanhando uma parte grande da auréola – a famosa pega ruim – e meu seio esquerdo, principalmente, começou a doer bastante.

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A SÍNDROME DO FILHO DO PAI BRAVO – ou, GENTE QUE SE FAZ DE VÍTIMA PARA PASSAR BEM

Você conhece gente assim. Fala sempre num tom de voz agradável. Uma capacidade imensa de articular-se entre um grupo e fazer seus desejos realizarem-se. Trabalha muito, apresentações perfeitas, incansável. Nunca diz não a um projeto, sempre disponível para absorver um pouco mais de trabalho. Uma pessoa perfeita. Até que começam a chegar notícias das articulações. Dos jogos. Até que se percebe que assumir responsabilidades por … Continuar lendo A SÍNDROME DO FILHO DO PAI BRAVO – ou, GENTE QUE SE FAZ DE VÍTIMA PARA PASSAR BEM

pássaro voando livre oceano azul laguna

A SÍNDROME DO EUPRESO – ou, A SUA VIDA É MAIS IMPORTANTE QUE O SEU TRABALHO

Em uma das cidades em que vivi, tive uma massagista. Carismática, agenda lotada, incansável: começava atendendo às 6h e ia até as 22h, segunda a sábado. Próximo às grandes datas, começava às 5h e se estendia até que o relógio já estivesse marcando o dia seguinte. Foram as sessões de massagem mais relaxantes que tive, era uma profissional louvável.

Além de exímia massagista, ainda é boa pessoa: ajuda as suas clientes, promove os negócios de umas com as outras, tem ouvido paciente e gentil coração para acolher mesmo as demandas menores que chegam na sua maca. Continuar lendo “A SÍNDROME DO EUPRESO – ou, A SUA VIDA É MAIS IMPORTANTE QUE O SEU TRABALHO”

MÃE, ESTOU COM MEDO – ou, QUANDO DEIXAMOS DE ADMITIR NOSSOS MEDOS?

Trilha sonora: Esses dias, fui com a Sara a uma festinha de aniversário num buffet, desses bem equipados. Piscina de bolinha, airplay, videogame? Não, caro leitor: mini-barco viking, la bamba e torre. A mãe aqui quer ser legal e participar da vida da filha – apesar de morrer de medo de tudo isso – então entra no barco viking, fazendo cara de descolada. No meio … Continuar lendo MÃE, ESTOU COM MEDO – ou, QUANDO DEIXAMOS DE ADMITIR NOSSOS MEDOS?

Arco-íris duplo, na altura de Canguçu, RS

FUI DEMITIDA – E FOI UM DOS MELHORES DIAS DA MINHA VIDA

Eu percebi que, conforme eu compartilho com as pessoas ao que redor o que estamos fazendo e planejando, imediatamente as pessoas assumem que eu pedi demissão. É tal a cultura local, que não posso estar vivendo um período criativo, empolgante, cheio de possibilidades, sem que eu tenha pedido demissão. Às vezes eu deixo a pessoa seguir pensando o que ela quer – afinal, isso demonstra … Continuar lendo FUI DEMITIDA – E FOI UM DOS MELHORES DIAS DA MINHA VIDA

POR QUE SOMOS TÃO LIGADOS À CULTURA CORPORATIVA?

Fui dar uma palestra esses dias.

Estamos passando por um período sabático, o que não significa necessariamente não trabalhar. Significa repensar. Viajar, estamos viajando neste exato momento, e repensar. Testar novas possibilidades. Pensar um pouco no que nos faz feliz. Descobrir o que é isso. Aventurar-se por outras possibilidades de trabalho.

Ao fim da palestra, a respeito de um dos temas da minha área profissional so far, duas pessoas me abordaram. Haviam gostado e queriam se candidatar a colunista do Food Safety Brazil. Começamos uma conversa muito animada, cheia de pontos interessantes, ambas estão fazendo mestrado, uma em sociologia da alimentação. A conversa ia ganhando o tempo do coffee break, e uma delas me pergunta: onde você trabalha? Eu disse: eu trabalho para mim! Então ela me rebateu: ah, sim, você é consultora.

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VIVENDO E APRENDENDO A PERDER

 Trilha Sonora

Eu passei no me primeiro vestibular quando tinha 16 anos e nem tinha cursado o último ano da escola. Passei em primeiro lugar para Direito numa Universidade da região. Nas férias de julho do ano seguinte, passei novamente, mas agora em 1º lugar geral da mesma Universidade – e ainda não havia completado o atual Ensino Médio.

Quando foi para valer, passei em 4º lugar para Engenharia na Federal e completei o curso em 2º lugar entre os meus colegas. Eu tinha certeza absoluta de que eu era a pessoa mais inteligente que estaria sentada em qualquer sala que estivesse.

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ARTE QUE INSPIRA ARTE – ou, O QUE É PRECISO PARA MUDAR A SUA VIDA

Sem música, a vida seria um engano.

Nietzsche

 

Lá por 2006 (em uma das nossas 11 mudanças), troquei de apartamento em Jundiaí. Nesse momento, troquei de endereço. Aproveitei o ensejo, e já troquei de celular – tinha um Walking Dead e comprei um Chiaroscuro. Um dia, dirigindo para São Paulo, deparei-me com a fragilidade da minha situação: quem quisesse me localizar fora do trabalho, não me acharia (talvez, apenas via Orkut, mas nem todo mundo usava). Era como se eu pudesse me reinventar.

Parece que uma mudança inspirou a outra, numa cadeia de eventos que tinha a ver com o momento pelo que eu estava passando – cheio de revelações sobre o meu mundo interno. A análise começava a mostrar seus efeitos e eu estava prestes a deixar para trás um monte de cargas que carregava. Parece que fiz este movimento em todas as frentes que consegui.

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FAÇA, SEM MEDO DAS CRÍTICAS

Certamente, à luz da história, é mais inteligente ter esperança do que ter medo, tentar do que não tentar. Porque uma coisa sabemos sem sombra de dúvidas: nada foi um dia alcançado pela pessoa que diz, “não pode ser feito”.

You learn by living, Eleanor Roosevelt, 1960

 

Críticas são instrumentos poderosos. Incrível como a menor dúvida sobre a nossa capacidade de fazer algo põe em jogo todo o futuro deste projeto.

Dias atrás, uma amiga me pergunta: será que me inscrevo nesta seleção? E se não passar? Terei que conviver para o resto dos meus dias, até que todas as geleiras elevem os oceanos e que os oceanos por fim sequem de calor, até que as cinzas deste Planeta caiam sobre os últimos resquícios do Universo, até que não exista mais nada novamente, a não ser vácuo, com a memória de que não sou tão boa quanto eu penso.

Eu disse a ela: faça, sem medo das críticas.

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